Folha de S. Paulo


Escândalo de corrupção ameaça edição especial da Copa América nos EUA

O secretário-geral da Conmebol, José Luis Meiszner, afirmou que a edição especial da Copa América prevista para o próximo ano, nos Estados Unidos, corre risco de não acontecer devido ao escândalo de corrupção que atingiu o futebol do continente.

Segundo o dirigente, há um "grande ponto de interrogação" em relação à Copa Centenário, como tem sido chamada, após o indiciamento de nove cartolas americanos, incluindo o ex-presidente da CBF José Maria Marin e Jeffrey Webb, mandatário da Concacaf, entidade que irá co-organizar o torneio com a Conmebol.

"Hoje é necessário colocar uma enorme interrogação sobre a possibilidade de essa Copa acontecer", disse Meiszner, à rádio América, da Argentina.

"O presidente de uma das confederações está preso, as empresas titulares dos direitos estão com os fundos bloqueados. Não dá para ter certeza que as coisas no futuro vão ser como estão previstas."

As empresas a que Meiszner se refere são a brasileira Traffic e as argentinas Full Play e Torneos y Competencias, que selaram um acordo para a criação da Datista, dona dos direitos de exploração comercial da competição.

Os detalhes da transação estão descrita na peça acusatória do escândalo. De acordo com o documento, a Datisa concordo pagar US$ 110 milhões (R$ 345 milhões) em subornos para ter os contratos das próximas quatro Copas Américas, incluindo a Centenário.

A Copa Centenário é uma edição comemorativa da Copa América para festejar os 100 anos do torneio. Além das dez seleções da Conmebol, terá as participações de Estados Unidos, México, Jamaica, Costa Rica e outras duas equipes filiadas à Concacaf ainda indefinidas.


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