O presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Marco Polo Del Nero, deixou a Suíça nesta quinta-feira (28). Como mandatário da CBF, o dirigente tem direito a voto no pleito.
A eleição presidencial da Fifa está marcada para esta sexta-feira (29), em Zurique. Blatter tem apenas um concorrente ao cargo: o príncipe jordaniano Ali Bin al-Hussein.
A saída do presidente da CBF surpreendeu a Fifa.
"Ele [Del Nero] informou à Fifa que retornou ao Brasil, mas não explicou os motivos", disse a assessoria de imprensa da Fifa.
Segundo a entidade, Del Nero pode designar outra pessoa para votar no lugar dele nesta sexta-feira (29) no pleito que escolhe o novo presidente.
Os outros dois representantes da CBF no Congresso, que viajaram à convite da CBF, são o presidente da Federação Goiana de Futebol, André Pitta, e o presidente da Federação Cearense de Futebol, Mauro Carmélio.
José Maria Marin, que também integrava a delegação, é um dos presos acusados de esquema de corrupção para venda de direitos comerciais de eventos à empresas de marketing esportivo.
"O presidente Marco Polo Del Nero é uma pessoa inquieta e quer estar no Brasil próximo da sua diretoria neste momento", disse Rogério Caboclo, diretor-financeiro da CBF.
Caboclo disse que conversou nesta quinta (28) pela manhã com Del Nedro, e que ele ainda estava na Suíça. O diretor da CBF rejeitou o termo "fuga" para o retorno de Del Nero ao Brasil.
O mandatário da Uefa, o ex-jogador Michel Platini, disse que chegou a pedir para Blatter deixar a Fifa após escândalo.
| Editoria de Arte/Folhapress |
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Na última quarta-feira, uma operação do FBI em conjunto com autoridades suíças deteve sete dirigentes do futebol que estavam em Zurique. Entre eles, o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, atual vice da entidade.
Nesta quinta (28), a Folha publicou que há indícios na investigação do Departamento de Justiça dos EUA sobre corrupção no futebol que Marco Polo Del Nero tenha recebido propinas na exploração comercial da Copa do Brasil, competição de clubes organizada pela CBF.
Documentos da investigação norte-americana mostram que José Maria Marin, ex-presidente da CBF que está preso, dividiria com Del Nero e com Ricardo Teixeira, também ex-chefão da entidade, suborno de R$ 2 milhões anuais para fechar a venda dos direitos comerciais do torneio para a empresa de marketing esportivo Traffic.
