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Por corrupção, Fifa bane do futebol Marin e outros dez dirigentes

O comitê de ética na Fifa proibiu provisoriamente o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, e outros dez envolvidos no escândalo de corrupção entre dirigentes e empresas de marketing e transmissão esportiva de exercerem qualquer atividade ligada ao futebol.

A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (27) pelo presidente da câmara decisória do comitê de ética, Hans-Joachim Eckert, com base nas investigações conduzidas pela Justiça norte-americana.

"As acusações estão claramente relacionadas com o futebol e são de natureza tão grave que era necessário tomar uma ação rápida e imediata. O processo seguirá o seu curso de acordo com o código de ética da Fifa", afirmou Eckert.

Apesar de não ser mais o mandatário da CBF, Marin ainda ocupa a vice-presidência da entidade e é membro do comitê organizador do futebol na Olimpíada. Ele terá de deixar esses dois cargos.

Além do brasileiro, receberam a mesma sanção Jeffrey Webb, um dos vice-presidentes da Fifa, além de Eduardo Li, Julio Rocha, Costas Takkas, Jack Warner, Eugenio Figueredo, Rafael Esquivel, Nicolás Leoz, Chuck Blazer e Daryll Warner.

Editoria de Arte/Folhapress

Marin, 83, e outros seis dirigentes detidos nesta quarta pela polícia suíça em uma operação surpresa, realizada a pedido das autoridades dos Estados Unidos. Os cartolas são investigados pela justiça americana em um suposto esquema de corrupção.

Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, foram detidos, além de Marin, que deixou a presidência da CBF em abril, Jeffrey Webb, Eduardo Li, Julio Rocha, Costas Takkas, Eugenio Figueredo e Rafael Esquivel (veja abaixo o perfil dos dirigentes).

Agentes chegaram no início da manhã (horário local) ao luxuoso hotel cinco estrelas Baur au Lac, em Zurique, onde os dirigentes estão reunidos para um congresso anual da entidade máxima do futebol. A entrada do prédio foi bloqueada e dezenas de jornalistas se aglomeravam no local.

Marin foi escoltado por autoridades suíças na saída do hotel. Não há a confirmação para onde os detidos foram encaminhados.

Apesar do escândalo, a Fifa já anunciou que irá manter a eleição presidencial desta sexta-feira (29). Após as desistências do ex-jogador português Luís Figo e do holandês Michael van Praag, o príncipe Ali é o único candidato de oposição contra o suíço Joseph Blatter, que busca seu quinto mandato à frente da entidade.

Editoria de arte/Folhapress
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