Folha de S. Paulo


Paes diz que despoluição da baía de Guanabara foi oportunidade perdida

Raphael Lima/Secom
O prefeito Eduardo Paes fala durante seminário em São Paulo sobre a organização da Rio-2016
O prefeito Eduardo Paes fala durante seminário em São Paulo sobre a organização da Rio-2016

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, admitiu que a cidade deixou de lado a oportunidade de despoluir a baía de Guanabara antes dos Jogos Olímpicos de 2016, que serão realizados na cidade.

Em seminário realizado em São Paulo sobre a Rio-2016, o prefeito afirmou nesta terça-feira (27) que a despoluição da baía de Guanabara seguirá sendo um desafio para o Rio nos próximos anos.

Após defender que a Olimpíada é uma boa chance para melhorar a cidade, o prefeito afirmou que "no caso da baía da Guanabara, a gente deixou um pouco de lado essa oportunidade".

Apesar disso, Paes destacou que a poluição da baía, onde serão realizadas as provas de vela dos Jogos Olímpicos, não irá atrapalhar a competição.

"A preocupação não é olímpica. As raias de competição são na entrada da baía e aquela área é a mais limpa. (...) Não vai ser um problema na Olimpíada, mas vai ser um desafio da cidade do Rio de Janeiro muito importante", afirmou.

Outra área de competição com questões ambientais é a lagoa Rodrigo de Freitas, que sediará provas canoagem e remo e apresenta grande mortandade de peixes. Segundo o Paes, isso não será um problema nos Jogos já que esse fenômeno não costuma acontecer no período em que a Olimpíada é realizada.

CRÍTICAS À COPA

Durante sua exposição, Eduardo Paes afirmou que os Jogos Olímpicos deixarão um legado melhor que a Copa do Mundo.

Segundo ele, a Copa serviu apenas para reforçar o estereótipo de que o povo brasileiro sabe fazer festas. O que ele espera superar com a organização dos Jogos Olímpicos.

"Quando a gente traz uma Copa do Mundo, o que vale não é só reforçar um estereótipo. Temos que aproveitar para passar uma imagem diferenciada do capitalismo brasileiro. Marcamos ali que eramos uma republiqueta de bananas em que todo mundo superfatura estádios e termina fora do prazo? Ou será que marcamos que esse país constrói as coisas no prazo, de maneira decente, dentro do custo estabelecido? Essa é a percepção que temos que ter para a Olimpíada", afirmou.


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