Folha de S. Paulo


Ninguém é mercenário nem vagabundo, afirma Tite após vitória

Reprodução/Facebook/SC Corinthians Paulista
Fábio Santos, autor do único gol do Corinthians na vitória sobre a Chapecoense, tenta cruzamento
Fábio Santos, autor do único gol do Corinthians na vitória sobre a Chapecoense, tenta cruzamento

Tite estava agitado após a vitória sobre a Chapecoense, na noite deste sábado, em Araraquara. O treinador do Corinthians concordou com a análise da maioria, que viu uma equipe burocrática durante a partida Arena Fonte Luminosa.

"Resultado justo, sem brilhantismo maior, a não ser em alguns minutos", assumiu.

Para o comandante da equipe paulista, o futebol apresentado pelos seus jogadores foi reflexo da eliminação na Copa Libertadores na última quarta-feira. Tite aproveitou para comentar sobre os protestos de duas torcidas organizadas nos últimos dias.

"O que é o vestiário: depois de jogo tanto quando ganha quanto quando perde é adrenalina pura. Ali ninguém fala nada. Você olha e respeita. E depois ora. Ninguém comenta, está todo mundo aflorado. Continuamos sentidos, esse é o sentindo. Não dá para tirar o jogo de quarta. Ele estava hoje aqui. Ninguém é mercenário nem vagabundo. Todos são seres humanos", afirmou o treinador, fazendo questão de combater o teor dos protestos.

"De quarta para hoje tivémos de juntar os cacos, tive muita força para conversar com vocês (jornalistas) com discernimento. Se não fossem meus 53 anos, teria dificuldade para falar com vocês. Fomos eliminados nos pênaltis jogando mal e eliminado na Libertadores jogando mal. Isso pesa. Quarta passada não deu para pensar nada além deste jogo contra a Chapecoense", lembrou.

Tite teve de comentar a baixa produção e, mais uma vez, voltou a falar em 'equipe em formação'. O treinador vem ignorando o fato de a maioria dos jogadores já terem feito parte do elenco do ano passado, que era comandado por Mano Menezes.

"Uma média disso tudo com uma equipe em formação, não tem cinco meses juntos, essa formação não tem repetida. O Jadson jogou por dentro, os jogadores de volcidade pelas pontas. O Corinthians verdadeiro é a média desses 30 e poucos jogos. Tem de ser pegado a média ponderada", completou.


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