Maior vencedor do vôlei feminino brasileiro, o Rio de Janeiro inicia nesta quinta-feira (7) a busca de um título inédito: o Mundial de Clubes.
Atual campeão Sul-Americano, o time comandado por Bernardinho estreia na competição internacional contra as donas da casa, o Volero Zurique, nesta quinta-feira, às 15h (de Brasília, com transmissão da SporTV). Na sexta, às 12h30, o Rio encara o Mirador, de República Dominicana. A equipe dominicana é treinada pelo brasileiro Marcos Kwiek (o mesmo da seleção caribenha) e foi convidada para a competição.
"É um torneio que a cada ano ganha importância e competitividade. Sul-Americano foi um bônus e estar no Mundial nos dá muita alegria. É um torneio de altíssimo nível. Em 2013 chegamos na competição despreparados, porque foi no início da temporada no Brasil. Agora é no fim, certamente chegamos em uma condição melhor. Mas neste ano a competição está ainda mais difícil do que em 2013", avaliou Bernardinho.
O treinador tricampeão mundial, campeão olímpico e duas vezes vice com a seleção masculina, além de duas vezes bronze com a feminina, ainda não tem o título do Mundial de Clubes com sua equipe. Ele, no entanto, diz que essa conquista não é uma obsessão.
"Essa competição antes não tinha muita relevância. Claro que queremos ganhar como qualquer competição. Para as jogadoras é uma vivência muito importante. Não é uma obsessão. Não tem a importância de uma Superliga no Brasil", afirmou.
A competição que reúne três campeãs continentais (Europa, Ásia e América do Sul) e três convidadas começa nesta quarta-feira (6) e vai até domingo, com todos em Zurique, na Suíça.
Na abertura, o Eczacibasi Vitra, da Turquia, enfrenta o Hisamitsu Springs, do Japão. Esta chave ainda conta com o Dinamo Krasnodar, da Rússia, que conta com as brasileiras Fernanda Garay e Fabíola. Já no grupo da equipe brasileira, o Mirador Santo Domingo enfrenta o Volero Zurique.
As duas melhores equipes de cada grupo se enfrentam nas semifinais no sábado e as vencedoras destes duelos fazem a final do Mundial no domingo (10), às 10h (de Brasília).
| Reprodução/Twitter | ||
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| Jogadoras do Mirador, rival dominicano do Rio nesta sexta (8) no Mundial, brincam após treino |
FOFÃO
O campeonato encerra a temporada do Rio, que no mês passado conquistou o décimo título da Superliga. Também será o último torneio da levantadora Fofão, de 45 anos.
"Estou mais concentrada na competição, que é difícil, não estou pensando que vai ser a última, que vai terminar, é como se no Brasil [título da Superliga] já tivesse sido a última. Teve toda a festa, foi bacana, aqui não vai ter a mesma festa, mas tem a motivação a mais de um título que o clube não ganhou. O título será mais que perfeito", disse a levantadora campeã olímpica.
Quem está em Zurique para acompanhar os últimos Jogos de Fofão é o marido, João Márcio.
"Ele veio para poder estar perto. É difícil fazer isso, mas ele veio para torcer. Ainda não vai ser férias, depois volto para passear de verdade. Não tenho nem ideia do que fazer [após aposentar]. Quero aproveitar a última vez que vou estar com este grupo, curtir os últimos momentos, vou me divertir", concluiu Fofão.
HISTÓRICO
O Brasil tem três títulos no Mundial de Clubes. O Sadia ganhou o primeiro campeonato, realizado em São Paulo, em 1991. Depois o Leite Moça ganhou a competição em 1994, novamente na capital paulista.
Reformulado, o campeonato da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) voltou a ser disputado apenas em 2010. Por três anos a competição foi em Doha, no Qatar, e, em 2012, Osasco foi campeão. Desde 2013, o torneio é jogado em Zurique. O Rio foi vice-campeão mundial na primeira edição suíça e e Osasco também ficou com a prata no ano passado (as paulistas já tinham um bronze conquistado em 2010).
NA TV
Rio x Mirador - Mundial de Clubes
Quinta-feira às 15h - SporTV
| Marcio Rodrigues/MPIX | ||
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| Fofão treina antes do Mundial de Clubes em Zurique, na Suíça |