Logo após o empate sem gols com o San Lorenzo, na quinta-feira (16), que selou a ida do Corinthians para as oitavas de final da Libertadores, os jogadores receberam uma marmita com macarrão.
A ingestão imediata de carboidrato depois do esforço físico, para acelerar a recuperação dos atletas, foi uma tentativa adotada pela comissão técnica para minimizar a vantagem de fôlego do Palmeiras na semifinal do Paulista.
A preocupação não é à toa. O Corinthians pisa no gramado do Itaquerão neste domingo (19), no jogo único que irá definir o primeiro finalista do Estadual, ciente de que está mais cansado que o rival.
Afinal, trata-se do confronto entre os semifinalistas que mais e menos jogaram na temporada até o momento.
Com compromissos pela fase preliminar e pela etapa de grupos da competição sul-americana, além do Estadual, o Corinthians realizará no clássico sua 24ª apresentação oficial em menos de quatro meses de temporada.
O Palmeiras, que só jogou pelo Paulista e uma partida na Copa do Brasil (eliminou o confronto de volta contra o Vitória da Conquista), foi a campo seis vezes a menos.
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Tite até tentou rodar o elenco corintiano e usou seus reservas em alguns jogos do Paulista. Mesmo assim, há titulares corintianos que atuaram mais do que o time rival.
O volante Ralf, por exemplo, já participou de 20 partidas. O goleiro Cássio e o meia Jadson estiveram em 19 e 18 jogos, respectivamente.
No Palmeiras, que não se preocupou tanto em preservas seus jogadores, nenhum titular disputou mais que 16 partidas. O goleiro Fernando Prass e o volante Gabriel foram os que mais jogaram.
A diferença na frequência de jogos dos dois arquirrivais se intensificou bastante ao longo dos últimos 30 dias.
Com compromissos pela Libertadores e tendo de disputar partida atrasada do Paulista, o Corinthians fez nove jogos no período, enquanto o Palmeiras fez seis.
A preparação para a semifinal do Estadual reflete isso. Os alvinegros enfrentaram o San Lorenzo menos de 72 horas antes do clássico. Já seus rivais jogaram pela última vez no domingo passado, contra o Botafogo, pelas quartas.
"O que mais pesa a favor do Palmeiras é essa semana livre. O Corinthians jogou na quinta uma partida pesada, muito corrida. A outra questão que faz diferença é que o Corinthians viajou e se desgastou bem mais. Viagem traz muito impacto físico porque muda alimentação, horário", afirmou à Folha o fisiologista Turíbio Leite Barros.
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