Folha de S. Paulo


Cruzeiro vence o Sesi e conquista pela 3ª vez a Superliga masculina de vôlei

O Cruzeiro venceu o Sesi por 3 sets a 1, com parciais de 21/25, 25/19, 27/25 e 25/19, neste domingo (12), em Belo Horizonte, e conquistou seu terceiro título da Superliga masculina de vôlei.

A vitória confirma a hegemonia da equipe mineira no vôlei nacional. Além de já ter conquistado o título no ano passado –também vencendo o Sesi na decisão–, o Cruzeiro esteve presente nas últimas cinco finais do principal torneio de vôlei do Brasil.

"O que a gente quer é que os torcedores saiam do ginásio alegres. Estamos escrevendo uma história bonita no vôlei, sempre jogando com alegria. Eu comecei aqui [no Cruzeiro] cinco anos atrás e lembro de tudo o que a gente passou", afirmou o levantador William ao SporTV, emocionado, com a filha nos braços.

CBV
Jogadores do Cruzeiro comemoram um ponto contra o Sesi
Jogadores do Cruzeiro comemoram um ponto contra o Sesi

Com o título, o líbero Serginho e os centrais Éder e Douglas Cordeiro, chegaram à sexta conquista da Superliga masculina, igualando recorde do levantador Bruninho como maiores campeões do torneio.

O ponteiro cubano Leal, com 21 pontos (maior pontuador da partida), e o oposto Wallace, com 17 acertos, foram as principais armas da equipe mineira nessa decisão.

O time comandado pelo técnico argentino Marcelo Mendez fez a melhor campanha na fase de classificação da Superliga e, por isso, teve a vantagem de fazer a final do torneio, disputada em partida única, em sua casa: o Mineirinho.

Mas quem começou melhor foi o Sesi. Forçando o saque, a equipe conseguiu abrir três pontos de vantagem nos primeiros minutos de jogo.

Mostrando mais eficiência nos bloqueios (foram 6 pontos do Sesi dessa forma no primeiro set contra apenas 1 do Cruzeiro) e com os ataques de Theo, o time paulista conseguiu fechar o primeiro set em 25 a 21.

A segunda etapa da partida foi marcado por duas decisões polêmicas da arbitragem a favor do time da casa.

A primeira aconteceu quando, em um ataque do Cruzeiro, o árbitro de linha apontou bola fora. Após consultar o tira-teima eletrônico, implementado neste ano nas semifinais e finais da Superliga, o árbitro principal alterou a decisão e deu ponto para o time mineiro. No entanto, a imagem da transmissão de TV mostrou no replay que a bola havia quicado fora.

Mesmo com o erro da arbitragem, o equilíbrio entre as duas equipes prevalecia. O Cruzeiro conseguia ficar a maior parte do tempo na frente, mas o Sesi mantinha perseguição constante à equipe mineira, não deixando o adversário abrir uma expressiva vantagem no placar.

No fim do set, novamente a arbitragem foi questionada. Após ataque do ponteiro Leal, os jogadores do Sesi reclamaram de invasão do cruzeirense, mas o ponto foi confirmado para o time da casa. Os atletas das duas equipes discutiram e o líbero Serginho acabou sendo advertido com o cartão amarelo pelo árbitro.

Após a polêmica, o Cruzeiro se manteve mais calmo, abriu vantagem e fechou o set em 25 a 19, para empatar a partida.

Na terceira etapa, o time da casa conseguiu abrir quatro pontos de vantagem logo no início do set forçando os seus saques.

No entanto, o Sesi conseguiu igualar o placar em 13 a 13, aproveitando o que vinha sendo seu maior diferencial na partida, os bloqueios de Riad e Lucão.

Com a mesma receita do primeiro set, saques forçados e bloqueio eficiente, o Sesi abriu vantagem e chegou a liderar por 24 a 21, ficando muito perto de fechar o terceiro set.

Mas o Cruzeiro não permitiu. Com seguidos ataques perdidos pela equipe paulista e o apoio da maior parte dos 14.036 torcedores que lotaram o Mineirinho, o time virou o jogo, fechando o set em 27 a 25.

A virada deu novo ânimo para a equipe mineira, que entrou no quarto set ainda mais animada.

O central Éder, que estava apagado na partida, começou a fazer a diferença. Com um saque eficiente e boa participação nos bloqueios, o jogador ajudou o time da casa a abrir vantagem. Ele foi o segundo maior pontuador do Cruzeiro nessa etapa, com 5 acertos –Leal foi o primeiro, com 6.

Já o Sesi parecia não ter se recuperado da derrota no set anterior.

O Cruzeiro aproveitou. Apoiado por sua torcida, fechou a partida em 25 a 19, após um bloqueio para fora da equipe paulista em ataque de Winters, e conquistou o título.


Endereço da página: