Folha de S. Paulo


Galvão elege 3 narrações e diz que bordão de Taffarel era palavrão

Com 41 anos de profissão, 36 deles na TV Globo, Galvão Bueno, 64, narrou os principais momentos do esporte brasileiro e também inseriu neles bordões que tornaram-se suas marcas.

No lançamento de seu livro de memórias "Fala, Galvão", escrito em parceria com o jornalista e amigo Ingo Ostrovsky, o narrador explicou algumas destas suas frases marcantes, como o "Sai que é sua, Taffarel", sobre o goleiro do tetra.

"Taffarel foi o melhor goleiro da história da seleção brasileira. Mas não saia do gol. Eu queria falar 'puta que pariu, sai do gol, Taffarel'", explicou Galvão em entrevista na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo.

Já sobre o "Ganhar é bom, ganhar da Argentina é muito melhor", ele disse que surgiu porque "não vê prazer maior no esporte" do que vencer os hermanos. O "Bem, amigos" apareceu para ele não se confundir quando estivesse em transmissões fora do país e, assim, não se confundir com bom dia, boa tarde ou boa noite.

Galvão também elegeu as três narrações que mais marcaram sua carreira: o primeiro título mundial de F-1 de Ayrton Senna, no Japão, em 1988; o tetra do Brasil na Copa do Mundo de 1994, nos EUA; e a medalha de prata brasileira no revezamento 4 x 100 m dos Jogos Olímpicos de Sydney-2000.

Fala, Galvão!
Ingo Ostrovsky e Galvão Bueno
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A narração que não gostaria de ter feito, segundo ele, foi o acidente que causou a morte de Senna, em 1994.

"Sou um jornalista e prezo pela verdade dos fatos, pelas fontes e pela seriedade", afirmou Galvão., que também se definiu como um "equilibrista" por ter que aliar o jornalismo à função de ser um "vendedor de emoções".

Ainda na noite de terça-feira (7), Galvão recebeu amigos, atletas e fãs em uma sessão de autógrafos na própria livraria. Estiveram no evento Tiago Leifert, Washington Olivetto, Casagrande, Caio Ribeiro, Belletti, Hortência, do basquete, Maurício, do vôlei, entre outros.

Nesta quarta-feira (8), Galvão lança o livro em Salvador e, na quinta, no Rio. "Fala, Galvão!'' tem 312 páginas e custa R$ 39,90. 


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