Folha de S. Paulo


Comparado a ídolo santista, Vladimir contrasta com 'vilão' Diego Cavalieri

O céu e o inferno. Dois goleiros tiveram desempenhos opostos na rodada deste domingo (5) dos Estaduais. Em São Paulo, o santista Vladimir foi herói no empate contra o Corinthians, enquanto Diego Cavalieri teve uma atuação para esquecer na derrota do Fluminense para o Flamengo.

Reserva de Vanderlei, Vladimir só entrou em campo no clássico paulista porque o titular se recupera de cirurgia no rosto. Na principal oportunidade da carreira, ele fez pelo menos quatro defesas importantes.

A mais espetacular aconteceu aos 20min do primeito tempo, quando defendeu chutes de Guerrero e Renato Augusto à queima roupa. O lance rendeu elogios do técnico corintiano.

"Lembrei do Rodolfo Rodrigues, que fez uma sequência de defesas assim. Defendeu em cima, defendeu em baixo. Eu disse 'Tá maluco, olha o que o cara tá fazendo'", afirmou Tite, lembrando de um lance famoso do ex-arqueiro uruguaio contra o América-RJ, em 1984.

Não fosse a atuação de Vladimir, é provável que o Corinthians tivesse vencido o clássico. Agora, o jogador revelado nas categorias de base da Vila Belmiro se vê cada vez menos distante de, enfim, ser o dono da vaga na equipe.

Situação inversa passou Diego Cavalieri. Aos 32 anos e com passagens por seleção brasileiro e pelo Liverpool, o goleiro do Fluminense falhou nos três gols sofridos no Fla-Flu do Maracanã.

No primeiro gol, Cavalieri estava mal-posicionado e saltou atrasado em chute de longa distância do volante Jonas. No segundo, ele tentou se antecipar ao chute de Alecsandro, mas acabou deixando o gol aberto para o atacante. Nos instantes finais, o camisa 12 sofreu o terceiro, com um chute que passou entre suas pernas.

A atuação nem de longe se parece com aquelas que fizeram o Liverpool investir 3 milhões de libras em 2008 (na época, em torno de R$ 9,5 milhões) na sua contratação junto ao Palmeiras. Muito menos com as que já teve no gol do Flu em 2012, quando foi peça importante na conquista do título do Campeonato Brasileiro e renderam até três jogos pela seleção brasileira de Mano Menezes.


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