Folha de S. Paulo


Amigas e capitãs, Fabiana e Thaísa se enfrentam na semifinal da Superliga

Amigas há 15 anos, capitãs de suas equipes, sempre listadas entre as melhores do mundo nas suas posições, Fabiana e Thaísa já ganharam dois ouros olímpicos juntas.

Porém, a partir deste sábado (4), às 11h30, de lados opostos da rede, elas começam a decidir uma das semifinais da Superliga de vôlei para saber quem terá a chance de lutar pelo sexto título da competição na carreira.

Chamadas de "Torres Gêmeas" em razão do excepcional desempenho na seleção brasileira, Thaísa (27 anos e 1,96 m), do Osasco, e Fabiana, do Sesi (30 anos e 1,94 m), têm muitas semelhanças dentro e fora de quadra. Mas, como se fossem irmãs, elas também apresentam as suas diferenças.

"Somos duas jogadoras de referência", assume Thaísa.

"Nossa grande diferença foi termos nos tornado as responsáveis pelas bolas de segurança dos nossos times", completa Fabiana.

Além de referências no bloqueio (Fabiana é a quarta e Thaísa a sexta melhor desta edição Superliga), elas se tornaram jogadoras muito usadas pelas levantadoras no momento de decidir pontos, sets e jogos –algo não tão comum para as gigantes do meio da rede.

Hoje, a central do Sesi é a nona maior pontuadora da Superliga e a do Osasco, a 11ª.

"Sempre prestei muita atenção nela, aprendi muito pois a vejo um pouco mais acima. Com as decisões certas, é quase impossível pegá-la", afirma Thaísa.

Já Fabiana diz não ser "muito fã de comparações", pois "cada uma tem seu estilo". Mesmo assim, considera a amiga mais "explosiva" em quadra e "menos paciente" fora dela.

"Caseiras, divertidas, românticas, sensíveis", de tão próximas, Thaísa brinca que até mesmo os respectivos namorados delas eram parecidos um tempo atrás.

VAIDADE

O estilo parecido quando a bola está em jogo se repete também quando elas estão longe dos ginásios.

"Somos extremamente vaidosas. E ela leva muito jeito para modelo", diz Thaísa sobre Fabiana.

A amiga responde explicando que, "desde novinha", faz cursos e trabalha na área.

"Eu sou mais de passarela. Ela gosta mais de fotos", compara Fabiana, assídua na publicação de fotos em redes sociais como a amiga.

Após esta semifinal da Superliga, entretanto, apenas uma irá continuar desfilando em quadra. No ano passado, o Sesi eliminou o Osasco nesta mesma fase, mas perdeu a decisão para o Rio –que joga a outra semifinal com Minas, neste sábado (4), às 21h30.

No entanto, as duas prometem torcer juntas na final.

"Quando estou jogando contra, torço para ela fazer o melhor. E, se estou fora, obviamente torço para ela. Sempre", afirma Fabiana.

"Não tem disputa entre nós, e isso é algo muito difícil hoje em dia no vôlei. Torcemos muito uma pela outra", retribui a amiga Thaísa.

NA TV
Sesi x Osasco

11h30 SporTV


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