Folha de S. Paulo


Abaixo da meta, Museu Pelé tem 10 vezes menos visitantes que Aquário

O Museu Pelé completa na próxima quarta (15) dez meses de funcionamento com um número de visitantes aquém das expectativas dos administradores, segundo a edição deste fim de semana da revista "Veja São Paulo".

De acordo com a publicação, a meta era receber 1,2 milhão de visitantes por ano, mas de junho de 2014 até fevereiro de 2015 só 57.765 pessoas foram ao museu, que fica no centro de Santos.

A falta de interesse do público preocupa a Ama Brasil, organização responsável pela gestão do museu. A manutenção gera despesas de R$ 160 mil mensais, valor que ultrapassa o que é arrecadado com a bilheteria.

Dados da prefeitura de Santos mostram que o Museu Pelé está atrás dos principais pontos turísticos da cidade. Com 16.484 visitantes, foi apenas o sexto local mais procurado entre dezembro de 2014 e fevereiro deste ano, período que a cidade recebe mais turistas.

O Aquário Municipal recebeu 197.907, seguido pelo Orquidário Municipal (67.337), Museu do Café (54.891), Linha de Bondes (28.506) e Memorial do Santos (27.188).

O museu levou quatro anos para ser construído ao custo de R$ 50 milhões, captados, em grande parte, por meio de leis de incentivo fiscal.

Abriga mais de 2.500 peças da vida de Pelé, como a caixa de engraxate (a primeira profissão do ex-jogador), fotos e vídeos.

Frequentadores do local apontam a falta de novos atrativos (a exposição temporária atual é a mesma da inauguração, em junho, "Quatro Copas e um Rei"), a divulgação escassa e o alto valor dos ingressos como problemas.

A entrada custa R$ 18 (meia-entrada, a R$ 9), enquanto o Aquário Municipal e o Museu do Café tem custo de R$ 5 e R$ 6, pela ordem.

Procurado pela reportagem, o diretor do museu, José Eduardo de Moura, preferiu não falar sobre o assunto.


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