Folha de S. Paulo


Jogadores reclamam de gols sofridos, mas Tite prefere ressaltar 'alegria'

Tite, pelo menos publicamente, amenizou o fato de que o Corinthians ter sofrido três gols nos 16 minutos finais da partida contra o Penapolense. Mas os próprios jogadores consideram que a falta de atenção foi inadmissível.

O Corinthians vencia por 5 a 0 nesta quinta (26), no Itaquerão, e saiu de campo com o resultado positivo. Mas o placar final de 5 a 3 desagradou alguns dos integrantes mais experientes do elenco corintiano.

"Todo mundo ficou chateado. Parecia derrota. Até o minuto 70 estávamos concentrados. Quem está no Corinthians não pode aceitar isso. A gente deixou de pressionar lá na frente. Isso fez com que o adversário crescesse e eles foram todos para o ataque. Isso não é normal", reclamou Edu Dracena.

O zagueiro tem um motivo a mais para se queixar. Quer mostrar a condição para ser titular também nas partidas importantes, especialmente de Libertadores. Não é sofrendo três gols, algo que não havia acontecido com a equipe em 2015, que vai conseguir.

"Se a gente ganha de 5 a 0, saía daqui de alma lavada", completou.

Na prática, o resultado pouco mudou para o Corinthians no Campeonato Paulista. O time já está classificado para as quartas de final.

"Tenho certeza que o Tite vai dizer onde falhamos. A gente diminuiu muito o ritmo e vacilou em algumas bolas. Achei que a gente deu muito chutão no final, sem necessidade", analisou o meia Renato Augusto.

Ao mesmo tempo que confessou que as constantes mudanças na defesa (por causa da sequência de jogos) atrapalham a equipe, o treinador não quis levar a sério demais os gols sofridos em uma noite em que o Corinthians jogou bem a maior parte do tempo e venceu.

"Mexer muito atrás prejudica porque é uma zona de segurança, onde a coordenação dos movimentos precisa estar aflorada Não posso deixar que os 15 minutos tirem a minha alegria das duas atuações que tivemos. Tenho de cobrar, mas também enaltecer uma série de virtudes".


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