"Normalmente, cobramos R$ 20 nos ingressos para arquibancadas descobertas e R$ 30 para os lugares cobertos. Só que nesta partida vamos fazer um valor diferenciado: R$ 100 e R$ 120."
A inflação de até 400% nos preços, de acordo com o gestor de futebol do Capivariano, Luis Paulo Santarelli, tem uma explicação: seu adversário deste domingo (22) é o time que mais leva público aos jogos no interior.
A partida, válida pela 11ª rodada do Paulista, será a terceira do Corinthians fora da região metropolitana da capital ou do litoral de São Paulo. A média dos seus dois jogos no interior, em Lins e Itu, foi de 9.476 pagantes.
Quem mais se aproxima dos números corintianos é o Palmeiras, que atrai em média 8.937 torcedores quando viaja Estado adentro. As partidas de Santos e São Paulo têm médias semelhantes, na casa de 6 mil pessoas.
Clube paulista com maior número de torcedores, o Corinthians é também o dono da média mais alta de público da competição quando atua em casa. Em média, 27.408 pessoas vão a cada partida jogada no Itaquerão –a do Palmeiras é 26.479.
"Fizemos uma pesquisa no começo do campeonato que mostrava que esses dois clubes são os que mais têm potencial na nossa região", disse Santarelli, por telefone.
| Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians | ||
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| Vagner Love durante jogo contra o Linense, em Lins |
Apesar da inflação dos ingressos, o dirigente espera que a Arena Capivari abrigue entre 10 mil e 12 mil pessoas, seu recorde de público no Paulista.
Sem receber nenhum grande até o momento, o estádio teve no máximo 4.163 pagantes no Estadual, contra o Botafogo. E isso em um jogo em que o torcedor pode trocar garrafas pet por ingressos. Sua média é bem mais baixa: de apenas 2.600 torcedores.
De acordo com Santarelli, jogos dos grandes são mais atrativos porque juntam três públicos distintos: aqueles que já costumam frequentar o estádio de Capivari e os das outras cidades interioranas, os torcedores dos grandes clubes e os curiosos que vão para conseguir chegar perto de pessoas que só costumam ver pela TV.