Folha de S. Paulo


Jogar nos EUA não impede volta à seleção brasileira, diz Kaká

Astro de campanhas publicitárias que vão de ingressos para os jogos do time a propagandas dos parques da Disney, Kaká, 32, começa neste domingo (8) um ambicioso projeto. O meia estreia pelo Orlando City na MLS (Major League Soccer), principal liga profissional de futebol dos EUA, com um objetivo que vai além do marketing.

"Desenvolver o futebol onde o esporte é um negócio tão importante é meu grande desafio", diz Kaká para a Folha.

O primeiro passo do jogador será dado diante do New York City, às 18h (de Brasília). E apoio não vai faltar. Os 60 mil ingressos foram todos vendidos antecipadamente.

Com contrato até 2018, o meia tem a meta de levar o time ao Mundial de Clubes e voltar às listas do técnico Dunga –sua última convocação foi em outubro, quando era atleta do São Paulo.

Reprodução/Facebook/OrlandoCitySC
Kaká comemora gol em partida do Orlando City
Kaká comemora gol em partida do Orlando City

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Folha - Para quem já disputou Liga dos Campeões, Copa das Confederações, Copa América e Copa do Mundo, qual a motivação para jogar nos EUA?

Kaká - Desenvolver o futebol aqui onde o esporte é um negócio tão importante é meu grande desafio. Ver um time nascer para a liga, em um projeto inovador e profissional e poder fazer parte de algo histórico me motiva.

Não teme ficar esquecido jogando pelo Orlando City?

Não. Nosso jogo de estreia será transmitido nacionalmente aqui e em vários países do mundo, incluindo o Brasil. Essa liga está crescendo muito e a visibilidade aqui será cada vez maior.

Como imagina o nível técnico da liga americana? Dá para repetir sua passagem no Brasil?

É difícil comparar ligas, estilo de jogo... O que posso dizer pelo pouco que vivenciei até aqui é que a liga é bastante competitiva e que os jogos serão uma grande atração para os torcedores.

Então jogar nos EUA não vai atrapalhar, por exemplo, uma volta à seleção brasileira?

É uma meta e estar aqui não muda isso. Acredito que tendo uma boa continuidade de jogos e um bom desempenho vou ser chamado pelo Dunga. Sendo assim, para eu voltar a ser convocado, dependerá de quanto a comissão técnica da seleção acredita que eu possa contribuir para o que eles estão construindo.

Como se preparou? A imagem que temos é que você é o embaixador do Orlando City.

Meu objetivo é fazer o maior número possível de jogos participando diretamente nos bons resultados. [Ser o embaixador] é uma experiência de grande responsabilidade, mas não chega a ser um peso, e sim uma motivação.

O clima na semana antes da estreia foi diferente do que você está acostumado?

A cidade está superenvolvida, o estádio vai estar completamente lotado. É interessante ver como o americano, que não tem o futebol como o esporte mais popular, está curtindo e se envolvendo com todas as atividades do time.

O Orlando City usou sua imagem para promover os jogos e tem meta de ser campeão nacional e continental para chegar ao Mundial. Está preparado para a cobrança?

Acho ótimo o time ter objetivos a curto, médio e longo prazo. Disputar o Mundial de Clubes é um objetivo a longo prazo e que temos condições de alcançar. Estou pronto.

NA TV
Orlando City x New York City
18h ESPN +


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