A preocupação de Diego Tardelli ao fechar contrato com o Shandong Luneng, da China, era perder a suada vaga na seleção brasileira.
Aos 29 anos, finalmente Tardelli conseguiu espaço com a camisa amarela como titular nos quatro primeiros jogos da nova era Dunga.
Nesta quinta (5), às 10h, no Rio, o treinador revela a lista de convocados para os amistosos do Brasil de 26 de março contra a França, em Paris, e de 29 de março frente ao Chile, em Londres.
Diego Tardelli espera ter a confirmação de que o treinador está olhando para os mercados emergentes. Logo após deixar o Atlético-MG rumo à China, em janeiro, o atacante recebeu sinal positivo de Dunga de que poderia ir para o futebol chinês já que isso não impediria futuras convocações caso jogasse bem.
A reportagem apurou que a preocupação da comissão técnica com a saída de atletas para países com menor tradição é o desnível técnico que separa os rivais enfrentados nesses campeonatos e os atletas contra quem a seleção brasileira joga.
Há consenso, porém, de que mercados como China e Oriente Médio passam por uma evolução técnica e não é possível excluir bons atletas do grupo simplesmente por jogar nesses países.
O próprio Dunga é um exemplo: participou da Copa do Mundo de 1998, quando atuava no Jubilo Iwata, do Japão, mercado com pouca expressão à época, situação que se mantém.
Ricardo Goulart, vendido pelo Cruzeiro ao chinês Guangzhou Evergrande, e Éverton Ribeiro, negociado com o Al Ahli, equipe dos Emirados Árabes, têm sido reservas com Dunga, mas demonstram a mesma expectativa de Tardelli.
Será a última convocação antes que o treinador defina os escolhidos para a Copa América, que ocorre entre junho e julho, a primeira competição desde seu retorno.
A lista do torneio continental será anunciada em maio.
Desta vez, o treinador gaúcho poderá convocar atletas que atuam no Brasil, ao contrário dos amistosos de novembro por causa da reta final do Brasileiro.
Robinho, do Santos, Elias e Gil, do Corinthians, e Jefferson, do Botafogo, estão cotados.