Folha de S. Paulo


Guerrero admite incômodo com renovação e discorda de punição

A novela pela renovação de contrato de Guerrero com o Corinthians, que se arrasta desde o fim do ano passado, ganhará mais um capítulo nesta semana. As duas partes confirmam que haverá uma reunião para tratar do assunto.

Será a primeira vez que o presidente Roberto de Andrade, eleito no último dia 7 de fevereiro, conversará com os empresários da OTB Sports, empresa que agencia a carreira do peruano.

Após a vitória por 3 a 0 sobre o Mogi Mirim, neste domingo (1º), no Itaquerão, pelo Campeonato paulista, o camisa 9 admitiu que a demora da situação o incomoda e atrapalha sua concentração. O vínculo com o clube acaba em 15 de julho.

"É um pouco incômodo, porque não sei o que vai ser do meu futuro. Dá uma intranquilidade. Às vezes, não estou 100% concentrado, eu tento estar ligado no jogo, porque são jogos pegados, difíceis... Eu tento estar tranquilo e me concentrar bem. Hoje [ontem] foi um bom jogo, pelo menos o segundo tempo. Tivemos muitas chances de gol. Mais importante é que o Corinthians ganhou e somou mais três pontos", afirmou o centroavante.

Na zona mista, Roberto de Andrade afirmou que está otimista. Em ocasiões passadas, ele afirmou que será uma negociação "do zero", já que as outras conversas ocorreram na gestão de Gobbi.

No ano passado, Guerrero pediu cerca de R$ 18 milhões de luvas para assinar o novo acordo, valores que Andrade já adiantou que estão fora da realidade alvinegra. O clube não fala em valores, mas acredita que pode convencer o jogador, que reforçou que quer ficar.

"Estou otimista também. Meu representante falou que essa semana vai se reunir com o Corinthians. Estou concentrado no time. Espero que tudo dê certo. Eu quero ficar no Corinthians, como já falei", disse Guerrero.

O corintiano já poderia assinar um pré-contrato com outro clube desde 15 de janeiro –seis meses antes do término de seu contrato. Ele já havia falado que clubes do exterior e do Brasil fizeram propostas. Neste domingo, revelou que o Hamburgo (ALE) tentou tirá-lo do Corinthians em janeiro, antes do fechamento da primeira janela de transferências da Europa.

"Muitos times me procuraram antes de fechar a janela da Europa, inclusive o Hamburgo queria já fechar comigo. Eu falei para meus empresários que era para esperar um pouco, eu queria conversar para ficar no Corinthians. Temos tempo, tem times que queriam fechar, que vieram procurar, mas estou esperando as conversas com o Corinthians", ressaltou.

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PUNIÇÃO DA CONMEBOL

No dia 11 de fevereiro, o Corinthians recebeu um documento da Conmebol confirmando a punição de Guerrero por três partidas, por conta da expulsão dele no duelo contra o Once Caldas, no dia 4 de fevereiro, no Itaquerão, pela primeira fase da Libertadores.

O peruano não pôde atuar na partida de volta, em Manizales, nem diante do São Paulo, pela primeira rodada da fase de grupos, e também está fora do duelo contra o San Lorenzo (ARG), nesta quarta-feira (4), em Buenos Aires. A partir de então, ele poderá voltar a atuar pela Libertadores, mas não escondeu a revolta.

"Fiquei chateado pela expulsão, e pior ainda me darem três jogos. Achei injusto, era uma jogada incerta para os dois, pior ainda me dar três jogos. Acho sacanagem, mas agora é esquecer. Tenho de treinar, me preparar bem e nos próximos jogos já poderei jogar", finalizou.

Folhapress
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