A F-1 ganhou nesta quinta-feira mais uma piloto que busca se tornar a primeira mulher a assumir um posto de titular na principal categoria do automobilismo internacional.
A Lotus anunciou a contratação da espanhola Carmen Jordá como piloto de desenvolvimento da equipe para esta temporada. A espanhola de 26 anos irá viajar com o time para algumas corridas e testes durante o ano e realizará um programa extensivo no simulador na fábrica da equipe em Enstone, na Inglaterra _Pastor Maldonado e Romain Grosjean são os titulares da Lotus neste ano.
Carmen, que tem no currículo três pódios na F-3 europeia e que disputou os últimos três campeonatos da GP3, irá participar de testes com a Lotus neste ano, mas a equipe ainda não divulgou quando.
"Este é um sonho para mim. Corro desde os dez anos e meu sonho sempre foi guiar um carro de F-1. O fato de ter acertado com a Lotus é um passo a mais para atingir meu objetivo", disse a espanhola, que é filha do ex-piloto Jose Miguel Jordá.
"Vou trabalhar para melhorar como piloto e para ajudar o time a desenvolver o carro. Esta é uma oportunidade fantástica e sei que é apenas o começo de um desafio enorme que terei pela frente. É uma honra fazer parte de um time com uma história tão grande e rica como a Lotus", completou Carmen, que se junta a Susie Wolff como únicas pilotos na F-1 em 2015.
A escocesa começou na Williams como piloto de desenvolvimento, fazendo apenas trabalhos no simulador e acompanhando seu time em algumas corridas, assim como acontecerá com Carmen.
No início deste ano, com a saída de Felipe Nasr, assumiu o papel de piloto de testes e reserva na equipe inglesa_alguns times mantêm mais de um piloto de testes e de desenvolvimento, já que a maior parte de seu trabalho é feita na fábrica.
"Estamos felizes de anunciar Carmen como piloto de desenvolvimento e estamos ansiosos para começar a trabalhar com ele. Carmen trará uma visão nova para a equipe", afirmou Matthew Carter, CEO da Lotus.
Até hoje, apenas cinco mulheres participaram de sessões oficiais da F-1, a primeira delas a italiana Maria Teresa de Filippis, que em 1958 tentou se classificar, sem sucesso, para o GP de Mônaco.
A última piloto a tentar um lugar no grid de uma etapa da F-1 foi Giovanna Amati, que, em 1992, tentou -também sem sucesso- se classificar para três corridas daquela temporada em um Brabham.