A saída de Jadson seria boa para Petros. O volante era um dos principais candidatos a conseguir uma vaga na equipe. Contra o Linense, nesta quarta (25), ele jogou bem e fez um dos gols da vitória do Corinthians por 2 a 0. Mas o armador, que estava prestes a ir para a China, resolveu ficar.
"Ser reserva não é demérito", define Petros, que vive situação inversa a de Jadson. Durante boa parte do ano passado, com Mano Menezes, foi titular. Seu concorrente ficou no banco.
"Agora estamos ganhando com time reserva, com time titular... Mostramos que estamos fortes e podemos ser campeões. Temos peça de reposição", definiu ele, contratado em 2014 após se destacar no Campeonato Paulista pelo Penapolense.
Uma semelhança com Jadson é que Petros quase deixou o Corinthians. Por causa de uma briga de seu empresário (Fernando Garcia) com a diretoria, por pouco não foi negociado. O agente queria que seu cliente fosse mais utilizado, além de reivindicar o pagamento de uma dívida referente à contratação do atleta.
"Eu saí de casa para ser um vencedor. Abri mão dos meus estudos, da minha família para ir em busca do meu sonho. Eu não vou fazer isso para ser mais um. Vou buscar meu espaço onde quer que ele esteja. Nunca reclamei de nada. É uma coisa muito pessoal. Se eu tiver de ficar aqui, vou fazer o meu melhor onde quer que eu esteja", define Petros, sempre articulado e mais sincero do que a maioria dos seus colegas quando encara a imprensa.
O objetivo definido na cabeça de Petros é estar em campo nos jogos da Libertadores. Porque sabe que para essas partidas Tite escolhe o que considera ter de melhor no elenco. E o volante acredita piamente estar entre eles.
"Eu jogo em dez posições, não tem problema", brinca. "O Corinthians é uma das principais equipes do mundo. No jogo da Libertadores [contra o São Paulo], vi uma faixa em que estava escrito: 'jogai por nós'. Vi aquilo e pensei: 'com muito prazer".