Antes que qualquer jornalista perguntasse, Pato admitiu que a ansiedade para estrear na Libertadores pelo São Paulo é grande e que teria problemas para dormir.
O atacante, que já disputou duas edições do torneio, foi escolhido para entrar no lugar de Alan Kardec contra o Danubio (URU), nesta quarta-feira (25), no Morumbi.
Entrará em campo com uma responsabilidade: fazer a equipe reagir no torneio.
Há uma semana, o São Paulo perdeu para o Corinthians por 2 a 0 na partida de estreia dos clubes no Grupo 2 da Libertadores. O resultado aumentou a pressão da diretoria sobre o treinador Muricy Ramalho e os jogadores.
Pato não jogou naquela oportunidade por questões contratuais –como está emprestado pelo Corinthians até o final deste ano, só poderia entrar campo se o clube tricolor pagasse R$ 1 milhão.
O time teve atuação apagada contra o Corinthians. Não chutou uma vez ao gol rival.
Com Pato titular, a expectativa de Muricy é que o São Paulo seja mais agressivo.
Os números do atacante ajudam. É o artilheiro do time em 2015: seis gols em seis jogos oficiais. Com ele, a equipe também ganha em dinamismo no ataque. Pode pressionar o adversário pelos lados do campo e não apenas pelo centro, problema comum quando Kardec joga.
Com tanta expectativa em torno de si, Pato reconheceu que o peso do jogo é grande, mas disse que vive o melhor momento no São Paulo.
"Estou colhendo frutos do meu trabalho. Sei que não há cadeira cativa no time e não desanimei. A vaga no time é o resultado", afirmou.
A pressão em torno do time também é grande e, portanto, outro desafio. O treino de terça-feira (24) foi acompanhado pelo presidente Carlos Miguel Aidar. Ao final da atividade, o mandatário reuniu-se com Muricy e falou algumas palavras de incentivo.
Empate ou derrota nesta quarta é impensável para o elenco porque pode comprometer a classificação às oitavas de final. "Só pensamos em vencer para recuperar a confiança", afirmou Pato.