Folha de S. Paulo


Falta de conversa e salário dobrado fizeram Jadson dizer sim para chineses

Roberto de Andrade, presidente do Corinthians, havia garantido a Tite que nenhum jogador seria vendido no primeiro semestre. Terá de rever a promessa. Jadson está de saída do clube.

O Jiangsu Sainty, da China, avisou que vai pagar os 5 milhões de euros referentes à multa rescisória do meia. São R$ 16 milhões, e o Corinthians ficará com R$ 4,8 milhões. O restante será do atleta e seus empresários.

A diretoria corintiana espera que o pagamento seja feito nesta terça (24).

A explicação oficial –dada inclusive a Tite– é que não há nada a ser feito, já que os chineses resolveram pagar a multa rescisória do contrato.

Mas a Folha apurou que Jadson não está contente com esse discurso. Ele acredita que o Corinthians não fez o menor esforço para mantê-lo.

No Jiangsu Sainty, o meia vai dobrar os salários que recebe em Parque São Jorge (serão cerca de R$ 600 mil) e ainda vai assinar um contrato de três anos. Seu vínculo com o clube brasileiro termina em dezembro deste ano.

Jadson reclama que em nenhum momento foi chamado para negociar. O Corinthians não propôs um acordo, uma antecipação de renovação para que ele permanecesse.

Até a semana passada, a intenção do armador era ficar no Brasil até o final do ano e depois voltar para a Ucrânia, onde atuou entre 2005 e 2012, ou jogar no Qatar.

MENOS UM

Dentro de campo, a negociação cria um problema para Tite. Jadson havia virado titular, especialmente após a venda de Lodeiro para o Boca Juniors, da Argentina. E estava jogando bem.

O técnico perde também um dos jogadores inscritos para a fase de grupos da Libertadores. E só poderá colocar outro no lugar antes das oitavas de final.

Entre as opções que têm no elenco, poderá colocar Danilo ou Petros na equipe.

Financeiramente, os R$ 4,8 milhões serão bem-vindos, já que o clube enfrenta problemas de fluxo de caixa. Há dívidas de R$ 80 milhões apenas com juros bancários por causa do Itaquerão.

O Corinthians reclama o atraso na liberação de R$ 400 milhões CIDs (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento) pela Prefeitura de São Paulo.

Editoria de Arte/Folhapress


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