Cássio sorriu e pareceu sem jeito com a pergunta. Tentou disfarçar o que realmente pensava dizendo que o "São Paulo é um adversário difícil" e que o "Corinthians jogou muito bem".
No final, depois da vitória por 2 a 0 no Itaquerão, não conseguiu esconder. Uma imagem vale mais do que mil palavras.
"Não me lembro de nenhum jogo assim, um clássico, em que eu não tenha feito nenhuma defesa difícil", confessou.
Não ter sido ameaçado em nenhum momento durante os 90 minutos foi algo que surpreendeu não apenas Cássio, mas os demais jogadores do Corinthians.
"Nós criamos chances para fazer mais gols e não fomos ameaçados em nenhum momento. É difícil isso acontecer quando duas equipes desse nível se enfrentam", concordou Elias, autor do primeiro gol corintiano no Itaquerão.
Evitando ressaltar a superioridade de seu time, Tite disse que o Corinthians dominou "dois terços" do clássico. São 60 dos 90 minutos. Nem todo mundo viu da mesma forma.
"Tivemos o controle da partida a partir do pontapé inicial, algo que é difícil de acontecer contra o São Paulo", observou Danilo, que atuou como falso centroavante, abrindo espaço para os volantes que chegavam pelo meio da defesa do adversário.
O próximo jogo do Corinthians pela Libertadores será em 4 de março, contra o San Lorenzo, em Buenos Aires. Por determinação da Conmebol, o confronto acontecerá sem a presença de torcedores. O time argentino foi punido por incidentes na final do ano passado, contra o Nacional (PAR).
"Evitar a torcida deles, que é fanática, será uma vantagem", concorda o presidente Roberto Andrade.