Folha de S. Paulo


Príncipe da Jordânia critica 'cultura de intimidação' da Fifa

Paul Ellis - 8.set.2014/AFP
Ali bin Al-Hussein, príncipe da Jordânia, durante evento em Manchester
Ali bin Al-Hussein, príncipe da Jordânia, durante evento em Manchester

O príncipe Ali bin Al-Hussein da Jordânia afirmou que chegou o momento para a "cultura de intimidação" da Fifa acabar, ao lançar nesta terça-feira (3) a sua campanha para a presidência da entidade que regula o futebol mundial.

O jordaniano, de 39 anos, exigiu um debate público com os outros três candidatos –incluindo o atual presidente, Joseph Blatter– para "estabelecer nossas posições e para que as pessoas saibam exatamente quais são elas".

"Tem havido uma cultura de intimidação na Fifa", disse o príncipe Ali, vice-presidente asiático da entidade nos últimos quatro anos

"No passado, as pessoas adotaram posições de princípios e acabaram sendo punidas por isso. Espero que as coisas sejam justas e de forma correta agora", prosseguiu.

"Obviamente o atual presidente tem uma vantagem natural, mas eu quero assegurar às associações que estaremos na direção certa", completou.

Membro do comitê executivo da Fifa, o príncipe Ali tem o apoio das federações da Jordânia, Inglaterra, Estados Unidos, Malta, Geórgia e Belarus. Na AFC (Confederação Asiática de Futebol, na sigla em inglês), o apoio não é total.

"Isto é sobre o mundo todo, não sobre uma só confederação", declarou o dirigente, que luta por reformas desde a sua eleição em 2011.

TUDO OU NADA

Caso não vença a eleição para a presidência da Fifa, em 29 de maio, o príncipe Ali deixará de fazer parte do comitê executivo da entidade.

Em razão de mudanças na AFC, o jordaniano perderá o assento no comitê após 30 de abril. O substituto será o xeque Salman bin Ebrahim Al-Khalifa, do Bahrein.


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