Folha de S. Paulo


Análise: Atuar mais com europeus dá um amadurecimento que não tínhamos

Este Mundial de handebol é mais um passo de qualidade. A minha geração, como as anteriores, perdia jogos com mais facilidade, por dez ou 15 gols. Agora, conseguimos jogar de igual para igual contra todas seleções.

Nossos atletas estão bem trabalhados, jogando fora do Brasil. Atuar mais com europeus dá um amadurecimento que não tínhamos.

O grupo tem João, Zé, Léo, dois pivôs com mais de 2 m de altura–o Panda e o Rogério. São jogadores com o perfil que a gente está buscando desde a base, mais alto, mais forte. Talvez as seleções juvenil e júnior já sejam mais altas em média que a adulta.

A tendência de renovação é muito boa. A transição está sendo bem feita. A equipe vai ser mais forte ainda para jogar em casa, no Rio, em 2016.

Este ano é de Mundial juvenil e júnior, mais jogadores vão sair para jogar na Europa, e esse distanciamento que a gente tinha não existe mais.

O técnico Jordi Ribera também implementou uma forma de jogar em todas as categorias. Há uma filosofia que não existia. Sabemos como defender e atacar, estudamos os adversários.

Esta campanha no Qatar mostra que temos possibilidade. É um degrau a mais. A diferença já pode ser notada.

Este time vai atrás de uma boa colocação na Olimpíada do Rio de Janeiro.


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