Folha de S. Paulo


Medo de zebra travou o Brasil, diz capitão da seleção de handebol

Capitão da seleção brasileira de handebol, o armador Zeba foi o artilheiro da vitória contra o Chile (30 a 22), com sete gols, nesta sexta-feira (23).

Uma volta por cima dada pelo atleta de 31 anos que está em seu quinto Mundial e chegou ao Qatar com "um ou dois" quilos acima do peso, devido à recuperação física que vinha fazendo desde a cirurgia no joelho esquerdo a que foi submetido em outubro passado.

Sem o armador Zé, 21, que saiu de quadra com dois minutos devido a uma bolada nos órgãos genitais, Zeba assumiu a responsabilidade em quadra contra os chilenos. Mas o Brasil jogou muito mal e conseguiu assumir a liderança no placar apenas aos dois minutos do segundo tempo.

"Foi o nosso pior primeiro tempo em todo o Mundial. A equipe estava travada, com medo de acontecer uma zebra", disse o capitão.

Marwan Naamani/AFP
Zeba, capitão do Brasil, disputa a bola com jogador qatari
Zeba, capitão do Brasil, disputa a bola com jogador qatari

Opinião compartilhada pelo técnico espanhol do Brasil, Jordi Ribera. "Quando um time sai com a obrigação de ganhar, fica mais complicado tomar decisões", disse.

O Brasil precisava da vitória para avançar às oitavas de final. E o adversário era o Chile, seleção para qual os brasileiros nunca perderam em grandes competições.

"Perder ia ser um desastre", afirmou Zeba.

Agora o Brasil enfrenta a Croácia, no domingo (25), ainda sem horário definido. Os croatas são os atuais medalhistas de bronze no Mundial e na Olimpíada.

"Temos que estudar muito a Croácia, se errarmos muito não teremos chance", avalia o capitão brasileiro. "Temos que tratar como o jogo da vida. O jogo mais importante e difícil da nossa vida", concluiu.

O repórter MARCEL MERGUIZO viaja a convite da organização do Mundial


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