O presidente do Santos, Modesto Roma Jr., descartou nesta quinta-feira (22) a possibilidade de pegar dinheiro emprestado de Marcelo Teixeira, ex-mandatário do clube e seu aliado político, para tirar o time da Vila Belmiro da crise financeira.
Comandante do clube entre 2000 e 2009, Teixeira afirmou à Folha na última segunda (19) que não teria problemas de voltar a injetar recursos no Santos.
"O Santos tem que andar com suas próprias pernas. O Marcelo é um cara de uma grandeza e postura irrepreensível. O Santos não pode mais usar muleta e depender de mecenas. Lugar de pedir dinheiro emprestado é no banco. Ele não é banqueiro. Isso é uma mentira", disse Roma Jr.
Teixeira já foi credor de R$ 20 milhões do clube. A dívida tem sido em parcelas mensais.
No início da gestão Roma Jr., o Santos tem enfrentado dificuldade para pagar contas básicas. O gramado da Vila ficou dois meses sem manutenção no final de 2014. Faturas de floriculturas, empresas de terceirização, água e luz foram renegociadas.
Por falta de pagamento de salários, sete atletas entraram na Justiça (Mena, Arouca, Matheus Índio, Leandro Damião, Renê Júnior, Felipe e Aranha). Os reforços para o time de 2015 têm sido os que aceitam receber baixos salários.
"A crise é grave, está longe de ser resolvida. Mas a perspectiva é grande e é boa. O Santos é um clube tão grande e predestinado que as coisas vão se encaixando. O Santos está se levantando com a grandeza que sempre teve", disse o presidente.
JOGOS FORA DE SANTOS
Em busca de maiores arrecadações, o Santos anunciou que irá mandar três partidas fora da Vila Belmiro na primeira fase do Campeonato Paulista fora da Vila Belmiro.
De acordo com Roma, time irá enfrentar o Linense, no dia 1º de março, em São José dos Campos, e o Audax, em 22 de março, no Pacaembu. O jogo contra o Red Bull Brasil, em 8 de fevereiro, será em São José do Rio Preto caso o clube consiga laudo para liberar o estádio Teixeirão.