Folha de S. Paulo


Projeto do Palmeiras é melhor que o do São Paulo, diz patrocinador do time

Diego Iwata/Folhapress
Paulo Nobre (centro), presidente do Palmeiras, apresenta a camisa do clube com o novo patrocinador
Paulo Nobre (centro), presidente do Palmeiras, apresenta a camisa do clube com o novo patrocinador

Palmeiras e Crefisa, empresa do mercado financeiro, especializada em crédito pessoal, anunciaram oficialmente, nesta quinta (22), contrato de patrocínio.

Para patrocinar o Palmeiras pelos próximos dois anos, a Crefisa vai desembolsar R$ 46 milhões – R$ 23 milhões por ano. Paulo Nobre, presidente do clube, classificou o acordo como o melhor patrocínio máster da história do clube.

A empresa admitiu que negociava com outros clubes, entre eles, o São Paulo.

"O São Paulo nos fez uma proposta, mas o projeto do Palmeiras era muito melhor, não financeiramente. Outros clubes fizeram propostas menores", afirmou Leila Pereira, presidente da financeira que agora patrocina o clube alviverde.

A Folha apurou que o São Paulo pediu R$ 20 milhões anuais para fechar o acordo, R$ 3 milhões a menos por ano que o valor acertado com o Palmeiras.

"O Palmeiras é um time de extrema credibilidade, que paga seus compromissos em dia, paga os salários em dia. Não há escândalos envolvendo o Palmeiras. Assinamos por dois anos, com possibilidade de ficar mais", disse.

A declaração da executiva é mais uma alfinetada no São Paulo, que recentemente esteve envolvido em um escândalo com as empresas de material esportivo Penalty, Umbro e Under Armour, em uma questão envolvendo comissões e a executiva Cinira Maturana, namorada do presidente do clube, Carlos Miguel Aidar.

CORAÇÃO

Proprietário da companhia, José Roberto Lamacchia, revelou estar realizando um sonho ao assinar o acordo com o Palmeiras.

"Sou palmeirense desde que nasci", revelou Lamacchia. "Eu nem dormi essa noite", disse o executivo.

"Mas é importante dizer que, se o acordo e o projeto não fossem tão bons, nós não assinaríamos", fez questão de enfatizar a presidente Leila Pereira.

Paulo Nobre, por sua vez, negou-se a comemorar a assinatura do acordo como mais um "chapéu" no São Paulo, que recentemente perdeu a disputa com o Palmeiras pela contratação do atacante Dudu, ex-Grêmio.

"Isso eu deixo para a torcida e é saudável, desde que não haja violência. Não considero que estava em disputa com ninguém. Foi uma vitória, um gol do Palmeiras", afirmou.

"Passamos dois anos sendo muito cobrados por não termos patrocínio máster, embora outros clubes também não tivessem", disse Nobre. "Não adiantava dizer isso. Afinal, mesmo sendo verdade, não resolvia o nosso problema", disse.

"Em 2013 e 2014, devido à Copa do Mundo, houve uma retração no mercado de patrocínio esportivo. A melhor proposta que apareceu era cerca de um terço do que conseguimos com a Crefisa", afirmou Nobre.

"Estamos colhendo o fruto de dois anos de trabalho. Mas o Palmeiras tem a credibilidade de uma entidade centenária. Houve uma junção de dois fatores", disse.

O presidente do clube também enalteceu o programa Avanti, de sócios-torcedores.

"Temos hoje quase 80 mil sócios. É quase um segundo patrocínio Máster. No início de 2013, eram apenas 8 mil", disse.

Apesar de fechar com a Crefisa, o Palmeiras deve ainda tentar negociar patrocínios para outra partes da camisa, como barra, manga, gola e omoplata.


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