Folha de S. Paulo


Robinho faz lobby para ajudar o Santos após 'garantia' de Teixeira

Ricardo Saibun/Divulgação/Santos FC
Robinho durante treino do Santos
Robinho durante treino do Santos

O fim da corrida de jogadores para deixar o Santos tem, em parte, a ver com Robinho. O jogador assumiu o compromisso de permanecer no clube pelo menos até julho, quando termina o empréstimo feito pelo Milan. 

Ele tem falado aos demais companheiros do elenco da necessidade de dar um voto de confiança para a diretoria, que ainda deve dois salários (contando o 13º do ano passado).

Há o entendimento informal de que, em caso de necessidade, o ex-presidente Marcelo Teixeira vai colocar a mão no bolso. Em entrevista à Folha na edição da última segunda, Teixeira não especificou em que situação pode ajudar financeiramente o Santos, mas confirmou que isso pode acontecer.

"É você quem está por trás dessa diretoria?", perguntou Robinho diante dos demais jogadores e do atual Modesto Roma Júnior, em encontro no Centro de Treinamento Rei Pelé. O "você" é Marcelo Teixeira, que também estava no local.

A resposta foi positiva.

"Então eu vou ficar", completou.

Era o voto de confiança que Modesto precisava porque o único nome de salário alto que gostaria de manter é Robinho. Isso por causa da imagem de ídolo que tem com a torcida e por ser uma espécie de exemplo para os garotos das categorias de base.

O Santos se livrou dos salários de Leandro Damião, Mena, Arouca, Aranha e Edu Dracena. Os três primeiros entraram na Justiça contra o clube por causa de atraso no pagamento dos vencimentos. O pedido de Aranha foi indeferido. 

Robinho recebeu proposta do Flamengo e também tem salários atrasados (cerca de R$ 500 mil mensais) por receber. O consenso na diretoria é que uma intenção do saída deixaria a situação para Modesto Roma Júnior ainda mais difícil.

"O meu está até mais atrasado que o dos outros [atletas], mas não vou sair", disse o jogador. 


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