Folha de S. Paulo


Damião se disse pobre para não pagar despesas em processo contra o Santos

Dono do maior salário do Santos em 2014, Leandro Damião surpreendeu ao anexar uma declaração de pobreza à ação trabalhista que move contra o clube por salários atrasados. Em nota, os advogados do jogador alegaram que a manobra jurídica foi usada para evitar que o jogador arque com as despesas jurídicas, que são cobradas de forma proporcional ao salário do atacante.

"A declaração nada mais é que um instrumento jurídico utilizado com a intenção de minimizar os danos ao atleta que já são consideráveis em decorrência dos atrasos salariais. A orientação, portanto, para proceder dessa maneira foi de responsabilidade totalmente dos advogados e não do atleta, eis que se trata de uma praxe no âmbito trabalhista. Esta alternativa, que destacamos novamente, não partiu do atleta e sim do seu corpo jurídico, nunca teve como finalidade comover a autoridade judiciária de que o jogador Leandro Damião estava "pobre" por não receber vários meses de salário, inclusive, importa destacar que nosso cliente certamente sabe o que é ser pobre, através da sua infância e não quis passar tal ideia", dizia o comunicado.

Damião espera receber quatro meses de salário atrasado. Na semana passada, o Santos disse ter pago o referente a dois meses, mas os representantes do jogador não confirmaram o pagamento.

O atacante tem contrato com o clube paulista até 2018, embora tenha sido emprestado ao Cruzeiro. O salário do jogador será pago pelas duas equipes: o clube mineiro fica responsável por R$ 400 mil mensais e o alvinegro pelo restante, cerca de R$ 250 mil.


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