Folha de S. Paulo


Comitê consultou Ministério Público sobre ingressos da Olimpíada

O comitê organizador da Olimpíada de 2016 disse nesta quinta-feira (15) que consultou o Ministério Público do Rio para avalizar o sistema de venda de ingressos. O objetivo é reduzir a possibilidade de qustionamentos.

O diretor-executivo comercial, Renato Ciuchini, afirmou que a promotoria exigiu também que os comitês olímpicos extrangeiros respeitem as leis brasileiras quando distribuir ingressos no Brasil. Cada entidade é responsável pela comercialização em seu respectivo país.

"Consultamos o MP pelos fatos antecedentes", disse o presidente da entidade, Carlos Arthur Nuzman, em referência às investigações sobre cambismo na Copa de 2014.

Em julho, a polícia do Rio prendeu 11 pessoas com um esquema de cambismo de entradas do Mundial. De acordo com investigadores, o grupo lucrava pelo menos R$ 1 milhão por jogo. O empresário inglês Raymond Whelan foi um dos presos. Ele é diretor da Match Services, parceira comercial da Fifa que tinha a exclusividade dos direitos de venda de pacotes da Copa de 2014. Whelan foi denunciado pelos crimes de cambismo, organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e sonegação.

"O sistema é totalmente auditado, acessível, justo e transparente", disse Ciuchini

Além da consulta ao MP, o comitê vai tentar coibir a atuação de cambistas durante o evento responsabilizando os comitês olímpicos nacionais pela comercialização ilegal dos ingressos.

Para isso, os organizadores da competição vão identificar todos os ingressos que serão vendidos fora do Brasil com o nome do respectivo comitê. A punição prevista é uma multa ao país responsável pela entrada, com valor de até 100 vezes o preço registrado no bilhete.

O comitê divulgou abriu nesta quinta o cadastramento para a compra de ingressos.


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