Folha de S. Paulo


Rival do Brasil, seleção de handebol do Qatar tem atletas de diversos países

Quando foi escolhida há quatro anos para ser sede do Mundial, o Qatar estabeleceu duas metas: organizar o melhor evento de handebol da história e ter uma seleção nacional à altura do torneio.

Os milhões de dólares vindos do petróleo e do gás do emirado construíram ambos.

O time que enfrenta o Brasil nesta quinta-feira (15) é formado por jovens qataris e experientes atletas da Bósnia, de Cuba, da Espanha, da França...

No comando está o técnico campeão do mundo em 2013, o espanhol Valero Rivera, que chegou ao Oriente Médio após o título com a seleção de seu país há dois anos.

Junto com ele chegaram jogadores sem chances em seus países de origem, mas com destaque internacional. É o caso do goleiro bósnio Danijel Saric, 37, campeão do Mundial de Clubes com o Barcelona e considerado um dos melhores do planeta.

André Porto/Folhapress
O jogador cubano de handebol Rafael Capote
O jogador cubano de handebol Rafael Capote

Outro nome, mais conhecido de alguns brasileiros, que estará em quadra é Rafael Capote, 25. Cubano que desertou durante o Pan do Rio, em 2007, ele jogou em São Caetano, depois foi para a Espanha e agora defende o Qatar.

Segundo a Federação Internacional de Handebol, um jogador pode defender outro país desde que nunca tenha defendido sua seleção de origem ou se já não joga por ela há três anos. Regra que facilita a naturalização.

A melhor classificação do Qatar em um Mundial foi a 16ª posição em 2003. No ano passado, porém, já com os reforços estrangeiros, a seleção do Golfo Pérsico ganhou os inéditos títulos dos Jogos e do Campeonato Asiático.

A princípio, esta jogada deu certo, e deve se repetir em 2019, no Mundial de Atletismo, e 2022, na Copa do Mundo, ambos no Qatar.


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