Os indícios de desvio de R$ 30 milhões por parte dos dirigentes da CBV (Confederação Brasileira de Voleibol) continuam irritando os atletas da modalidade. Depois do nariz de palhaço na rodada de sábado na Superliga masculina, na noite desta terça-feira (16) foram as mulheres que protestaram.
Atletas do Osasco e do Sesi entraram em quadra com uma faixa preta no braço, em sinal de luto. O time da capital paulista venceu o duelo por 3 sets a 0 e lidera a Superliga feminina com dez vitórias em dez partidas.
Diferentemente dos homens, elas mantiveram o protesto durante a partida porque não atrapalhava o desempenho.
Além da manifestação das jogadoras, um torcedor levou uma cartolina com a frase "luto pelo vôlei".
Os protesto dos atletas de vôlei começou após relatório da CGU (Controladoria-Geral da União) apontar uso indevido das verbas públicas –patrocínio do Banco do Brasil– no vôlei.
Os atletas pedem que a CBV tome providências para garantir punição aos envolvidos e a devolução do dinheiro.
Em entrevista a ESPN Brasil, que denunciou fraudes e corrupção na CBV desde o início do ano, a CGU sinalizou que os documentos que tratam das denúncias serão encaminhados para o Ministério Público.
O presidente da CBV na época dos problemas envolvendo a entidade (2010 a 2013) é Ary Graça, hoje mandatário da FIVB (Federação Internacional de Voleibol).