Folha de S. Paulo


Oswaldo de Oliveira e Tite chegam com promessa de montar equipes ofensivas

Para Palmeiras e Corinthians, atacar é preciso.

Foi o que prometeram os técnicos Oswaldo de Oliveira, 64, agora no clube alviverde, e Tite, 53, que volta ao alvinegro, ao serem apresentados nesta terça (16).

Oswaldo assinou contrato por um ano. Tite fechou com o Corinthians por três.

Em suas primeiras entrevistas, concedidas praticamente ao mesmo tempo em lados opostos da cidade, ambos já deixaram bem claro entender que montar times que façam gols será prioridade.

Oswaldo de Oliveira afirmou que quer um Palmeiras ofensivo, de acordo com a tradição histórica do clube.

"Mas desde que o elenco ofereça condições para isso", afirmou o técnico, que confirmou querer participar da montagem do grupo.

No Brasileiro de 2014, o time não demonstrou grande poder de fogo, apesar de Henrique ter terminado a competição como vice-artilheiro, com 16 gols –Fred fez 18.

Com 34 gols em 38 partidas, o Palmeiras teve a pífia média de 0,89 gol por jogo.

Oswaldo, por sua vez, ao longo da carreira, mostrou saber montar times ofensivos.

No Paulista deste ano, por exemplo, o Santos dele foi às redes 46 vezes em 19 jogos. O Palmeiras, segundo melhor ataque, fez 29 gols.

Em 2002, mesmo eliminado na segunda fase do Brasileiro, o São Paulo de Oswaldo teve o melhor ataque, com 57 gols. O Botafogo campeão carioca de 2013 também foi o mais ofensivo, com 37 gols.

Já o desafio de Tite no Corinthians não está no elenco, mas nele mesmo.

EMPATITE

Em sua última passagem pelo Corinthians, no Brasileiro de 2013, o treinador foi severamente criticado pela inoperância ofensiva, que, entre outros fatores, acabou lhe custando o emprego.

Em 38 partidas, o time fez somente 27 gols. Décimo colocado, foi o segundo pior ataque do campeonato.

Com Tite, o clube alvinegro empatou 17 dos 38 jogos naquele ano –dez deles por 0 a 0. Tal desempenho fez surgir o trocadilho "empatite", para designar o mal que havia acometido o time.

Apenas para efeito de comparação, o campeão daquele ano, o Cruzeiro, fez 77 gols em sua campanha –quase o triplo dos gols alvinegros.

Tite sabe que ficou devendo nesta parte. Tanto que foi estudar maneiras de melhorar no quesito.

"Em termos de metodologia de trabalho, busquei trabalhos específicos ofensivos", revelou o técnico.

"Queria ter uma gama de trabalhos ofensivos maiores para acrescentar, para passar aos atletas, para ser exigente", acrescentou.

Mas, como não poderia deixar de ser, Tite voltou a usar, já em seu primeiro dia de Corinthians, o termo onipresente em suas entrevistas: o "equilíbrio".

"Mantenho a ideia de futebol equilibrado. Não pode ser só agressividade, assim como não pode ser só marcação".

Editoria de arte/Folhapress

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