Folha de S. Paulo


Casamento e micareta ajudam a bancar arena de Copa

Se o público para ver futebol em alguns momentos foi frustrante, eventos não relacionados ao esporte levaram milhares de pessoas às arenas que foram construídas para serem multiúso.

Em Brasília, por exemplo, o estádio Mané Garrincha teve mais shows e festas do que partidas oficiais de futebol depois da Copa do Mundo.

Foram 16 eventos culturais e institucionais contra cinco jogos válidos por competições oficiais –houve também partidas amistosas da seleção olímpica. Agora, em dezembro, ocorre um torneio amistoso da seleção brasileira feminina de futebol.

O destaque foi um casamento coletivo com mais de cem casais. Um jogo de futsal entre Brasil e Argentina reuniu cerca de 50 mil pessoas.

Pedro Ladeira/Folhapress/Pedro Ladeira/Folhapress
Casamento coletivo no Mané Garrincha
Casamento coletivo no Mané Garrincha

A Fonte Nova recebeu, neste ano, mais de 50 eventos não ligados a futebol, como shows, peças de teatro, encontros corporativos, aniversários infantis e formaturas.

Em Cuiabá, a Arena Pantanal foi palco de lançamento de condomínio, eventos religiosos, corridas, passeios ciclísticos e jogos da Polícia Militar. Em Natal, a Arena das Dunas recebeu festivais de música e Carnaval fora de época (as micaretas).

O Maracanã somou 140 eventos de julho a novembro, sobretudo festas infantis.

O custo para essas locações específicas variam de estádio para estádio e também com relação ao tipo de evento.

"Não queremos estabelecer ou implantar uma tabela de preço porque isso, no nosso entendimento, pode inviabilizar novos negócios", disse Lúcio Blanco, gerente de operações do Itaquerão.

No Mané Garrincha, que ainda não foi concedido à iniciativa privada pelo Governo do Distrito Federal, o valor cobrado para jogos de futebol e eventos é fixado por lei.

Em casos de jogos de futebol, de 13% a 15% da renda bruta. Já para eventos e shows, o valor depende do espaço ocupado no estádio.

Editoria de Arte/Folhapress

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