Folha de S. Paulo


Na despedida, Mano diz que vê time confuso e que pretende trabalhar no exterior

Após o Corinthians derrotar o Criciúma por 2 a 1 e ficar com a vaga na fase preliminar da Libertadores, o técnico Mano Menezes admitiu o que todos sabiam: não ficará no clube em 2015.

O treinador disse entender o motivo de o clube não renovar seu contrato, mas mesmo assim lamentou a decisão tomada pelo presidente Mario Gobbi.

O motivo para não permanecer é que o nome de Mano não agrada os candidatos que vão disputar a eleição presidencial em 7 de fevereiro. Assim, Gobbi, em seu último ano, decidiu não renovar.

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"Sou razoavelmente inteligente para saber quando me querem e quando não querem minha continuação", disse Mano, conformado. "A relação do técnico com a diretoria tem de ser de extrema confiança. Se não, ela vai ficar estremecida no primeiro tropeço", completou.

O treinador gaúcho avaliou que o trabalho de reformulação do elenco foi bem conduzido, citou as transformações que promoveu e disse que alcançou os objetivos do clube.

"Mudamos seis titulares, conseguimos a vaga na Libertadores. Dizem que é uma obrigação. Mas era obrigação para o Fluminense, o Grêmio... Conduzir reformulação não é fácil. Gera desgaste, exige tempo. Mas é necessário para, em um segundo momento, buscar títulos".

Mano Menezes aproveitou sua última entrevista para desmentir especulações sobre a possibilidade de treinar o Internacional ou o Palmeiras em 2015. Disse que recebeu sondagens de clubes estrangeiros e pensa em sair do país. Caso não consiga, disse que pretende se dedicar aos estudos nos próximos seis meses.


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