Folha de S. Paulo


Em busca da reeleição, Nobre promete mudanças no Palmeiras

Candidato à reeleição no Palmeiras, Paulo Nobre, 46, diz que nunca se imaginou vivendo a situação de ser presidente do clube e ver o time flertar com o rebaixamento. E que não quer mais passar por isso caso vença o pleito de hoje.

Em entrevista à Folha, o empresário admite erros em negociações e promete mudanças na gestão do futebol, caso vença a eleição deste sábado (29), a primeira direta, com sócios votando.

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Situação do time

"Sonho em ser presidente do Palmeiras desde os sete anos. Nunca imaginei que passaria por essa situação: ser presidente e correr risco de rebaixamento. Não quero mais passar por isso. Não tenho dúvida de que o próximo biênio será melhor do que o que passou. Conseguimos, em pouco menos de dois anos, diminuir grande parte dos problemas estruturais, administrativos e financeiros vividos nos últimos anos. O horizonte para o Palmeiras é de franca evolução, mas não podemos interromper esse trabalho por aqui. Muito menos devolver o clube para aqueles que causaram esse imenso buraco, que levamos um mandato todo para arrumar."

Arena e a briga com a WTorre

"É a casa do palmeirense e trará dividendos. Sem dúvida proporcionará grandes rendas nos nossos jogos. Com a WTorre, manteremos a relação profissional que já existe e as divergências serão debatidas na arbitragem."

Trocas na gestão do futebol

"Eu garanto que muita coisa vai mudar. Temos plena consciência de que houve erros, mas já sabemos perfeitamente quais foram esses erros. E serão todos corrigidos."

Brunoro sai?

"Mudaremos tudo o que estiver abaixo do que queríamos."

Erros e acertos

"Acredito que os principais erros tenham sido esticar o elástico em demasia em algumas negociações e não ter feito trocas que eram necessárias. O maior acerto foi entender de imediato o quanto o sócio-torcedor é importante para o Palmeiras. Somos o programa que mais cresceu. Pegamos um programa com 8.000 sócios e hoje já temos mais de 61 mil. Só o projeto Avanti trará mais de R$ 15 milhões ao clube em 2015."

Falta de patrocínio

"O problema não é exclusivo do Palmeiras. Nenhum clube conseguiu um patrocínio relevante além do apoio da Caixa nos dois últimos anos. Acredito que em breve o mercado passará por uma readequação de conceitos e valores e as principais camisas voltarão a estampar marcas de grandes empresas."

Rivaldo Gomes-28.mai.2013/Folhapress
Paulo Nobre durante uma entrevista na Academia de Futebol
Paulo Nobre durante uma entrevista na Academia de Futebol

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