Folha de S. Paulo


Sem reformas estruturais há 24 anos, Interlagos 'parou no tempo'

O primeiro GP Brasil de F-1. A única vitória de José Carlos Pace na categoria. A primeira pole de James Hunt. A invasão da pista após a vitória épica de Ayrton Senna em 1993. As duas aposentadorias de Michael Schumacher. O quase título de Felipe Massa. O quarto Mundial de Sebastian Vettel, no ano passado.

Esses foram alguns dos principais momentos da principal categoria do automobilismo em Interlagos, que, no domingo (9), receberá um GP pela 32ª vez.

Uma história rica, mas que esteve ameaçada. Enquanto os demais autódromos do Mundial se modernizaram, Interlagos parou no tempo.

Inaugurado em 1940, o autódromo começou a ser usado sem a conclusão de seu projeto original. Interlagos não tinha arquibancadas, torre de controle, boxes e guard rails, por falta de recursos.

Em 1972, após ser reformado, Interlagos viu a F-1 pela primeira vez, em um teste.

Aprovado pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), o circuito começou a receber a categoria no ano seguinte, em prova vencida por Emerson Fittipaldi.

Em 1980, sem recursos para permanecer em São Paulo, o GP passou a ser realizado em Jacarepaguá, no Rio.

No fim da década, porém, a Prefeitura de São Paulo entrou na disputa com o Rio, o que fez com que em 1990 Interlagos passasse pela maior reforma de sua história.

Além de novos boxes, o traçado de então 7.960 m foi encurtado para 4.325 m e ganhou o famoso "S" do Senna, sugerido por Ayrton Senna, então bicampeão mundial.

Desde então, apenas adequações foram feitas.


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