Folha de S. Paulo


Fundo nº 1 do mundo diz que não será atingido por nova regra da Fifa

A Doyen Sports, maior fundo de investimento independente que atua em clubes de futebol, afirmou nesta sexta-feira (26) não estar preocupada com a nova regulamentação da Fifa que proíbe que empresas e fundos tenham participação em direitos econômicos de jogadores.

Segundo o grupo, fundado em 2011 e braço esportivo de uma holding global que atua nos mercados de petróleo, minérios e gás, sua principal área de atuação não será afetada pelas medidas.

Em nota, o CEO da empresa, Nélio Lucas, afirmou que a Doyen adotará apenas ações já normalmente feitas por "bancos e instituições financeiras, assim por fundos fiscais."

Robson Ventura/Folhapress
Leandro Damião, investimento da Doyen, comemora gol pelo Santos no Campeonato Brasileiro
Leandro Damião, investimento da Doyen, comemora gol pelo Santos no Campeonato Brasileiro

Ou seja, a empresa promete não comprar parte dos direitos econômicos de jogadores, o que será proibido pela Fifa, mas sim emprestar dinheiro para financiar as contratações dos clubes.

Foi o que o grupo fez em uma rara investida no mercado brasileiro neste ano. A Doyen pagou R$ 42 milhões ao Inter pelo atacante Leandro Damião e o colocou no Santos. A empresa, no entanto, considera que não ficou com parte do jogador, já que o time da Vila Belmiro terá de reembolsá-la pelo investimento.

Sediada em Malta, a empresa já gastou mais de 100 milhões de euros (R$ 307 milhões) em jogadores e tem no momento um orçamento de 200 milhões de euros (R$ 614 milhões) disponível para investir em contratações.

Os principais parceiros do clube são Atlético de Madrid, atual campeão espanhol e vice europeu, Sevilla, Porto, Benfica e PSV Eindhoven.

Entre os jogadores que já tiveram contratações financiadas pela Doyen estão o atacante colombiano Radamel Falcao García e o meia Ángel di María. Ambos defendem hoje o Manchester United, que não recorreu ao dinheiro do grupo.


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