Folha de S. Paulo


Com projeto de corrida noturna, Coreia do Sul pode voltar à F-1 em 2016

Excluída do calendário da F-1 deste ano depois de realizar apenas quatro GPs, a Coreia do Sul pode voltar a receber uma etapa do campeonato da categoria a partir de 2016.

Caso isso aconteça, porém, o GP não seria mais realizado no circuito de Yeongam, no sul do país, e sim na capital, Seul.

O projeto dos sul-coreanos, que foi apresentado a Bernie Ecclestone no final de semana passado, no paddock asiático, prevê a realização de uma corrida noturna nas ruas de Seul, nos mesmos moldes do que acontece em Cingapura.

O grupo que se encontrou com Ecclestone, detentor dos direitos comerciais da categoria e responsável pelo calendário da F-1, não é o mesmo que organizou as provas em Yeongam, de 2010 até o ano passado.

Nicolas Asfouri-06.out.2013/AFP
Carros após largada do GP da Coreia do Sul, em 2013
Carros após largada do GP da Coreia do Sul, em 2013

A ideia, em princípio, agradou a Ecclestone, que já estaria inclusive negociando o valor a ser pago para que o país receba novamente uma etapa da categoria.

Apesar de ter gastado cerca de US$ 260 milhões (aproximadamente R$ 623 milhões) para construir o Korea International Circuit, o GP da Coreia do Sul nunca chegou a ser sucesso de público.

Localizada a cerca de 400 km de Seul, a pista nunca teve as arquibancadas completamente cheias e após prejuízos de cerca de US$ 200 milhões nos últimos quatro anos, deixou o calendário depois da etapa do ano passado.

Segundo o grupo que se reuniu com o dirigente inglês, liderado por Chung Yung-cho, um dos responsáveis por levar a F-1 à Coreia do Sul, organizar uma corrida nas ruas de Seul custaria muito menos do que o investido no circuito de Yeongam e o retorno com a venda de entradas seria muito maior.

Para servir de comparação, Cingapura gasta cerca de US$ 118 milhões por ano para organizar sua corrida, uma das mais rentáveis do calendário da F-1.


Endereço da página: