Folha de S. Paulo


Deola volta ao gol do Palmeiras após dois anos; saiba o que mudou no clube

Cesar Greco/Ag.Palmeiras/Divulgação
O goleiro Deola durante treino no Palmeiras
O goleiro Deola durante treino no Palmeiras

Depois de mais de dois anos, Deola está de volta ao gol do Palmeiras. Diante do Flamengo, nesta quarta-feira (17), pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro, é ele quem defenderá a meta alviverde no Pacaembu.

Fábio, que vinha substituindo Fernando Prass –em fase final de recuperação de uma cirurgia no cotovelo direito– e falhou em lances decisivos nos últimos jogos, foi barrado pelo técnico Dorival Júnior no treino de terça (16) e ficará no banco.

Desde o dia 8 de julho de 2012, quando Deola fez seu último jogo como titular na equipe, muita coisa mudou no Palmeiras.

Na oitava rodada do Brasileiro daquele ano, Felipão, então treinador, decidiu poupar os atletas que disputariam a final da Copa do Brasil, contra o Coritiba, e escalou uma equipe recheada de reservas para enfrentar a Ponte Preta.

O único gol do confronto saiu depois que Deola espalmou para dentro das próprias redes uma falta aparentemente inofensiva cobrada por Ricardinho. Ao final daquele mês, o arqueiro foi emprestado para o Vitória, onde disputou a Série B e ajudou o time baiano a subir para a divisão de elite.

Enquanto isso, os palmeirenses viviam a ressaca do título da Copa do Brasil e não conseguiam engatar uma sequência no Brasileiro. O rebaixamento tornava-se um risco cada vez mais iminente.

Devido aos maus resultados, Felipão foi demitido do cargo em setembro de 2012. Para substituí-lo, Arnaldo Tirone, que presidia o Palmeiras, contratou Gilson Kleina.

Mas o ex-técnico da Ponte Preta não conseguiu evitar a queda para a segunda divisão. Em dezembro, já rebaixado, o time acertou a contratação do goleiro Fernando Prass –que estava no Vasco– por três temporadas.

No começo do ano seguinte, a mudança foi de cunho político. Paulo Nobre venceu as eleições e assumiu a presidência do clube em janeiro, com a missão de devolvê-lo à Série A e dar condições para que a equipe fosse competitiva na Libertadores –a vaga no torneio continental havia sido garantida pela conquista da Copa do Brasil.

A temporada não começou muito boa para o Palmeiras. O time foi eliminado nas quartas de final do Campeonato Paulista ao perder para o Santos nos pênaltis. Também caiu nas oitavas de final da Libertadores ao ser derrotado pelo Tijuana por 2 a 1, com direito à falha bizarra do goleiro Bruno no primeiro gol adversário.

Na Série B, entretanto, tudo ocorreu dentro do previsto. Com um pé nas costas e com a ajuda de Alan Kardec –emprestado junto ao Benfica (POR) e, mais tarde, contratado formalmente–, o Palmeiras retornou à elite do futebol com seis rodadas de antecedência e sagrou-se campeão a dois jogos do fim do torneio.

Durante o Paulista de 2014, enquanto a equipe alviverde, ainda comandada por Kleina, foi eliminada pelo Ituano na semifinal, Deola participou do rebaixamento do Atlético Sorocaba –clube ao qual estava emprestado.

Já de volta ao Palmeiras, no início de abril, o goleiro passou a treinar ao lado dos outros jogadores da posição e acompanhou de perto a transferência polêmica de Alan Kardec para o São Paulo e a demissão de Kleina, em maio.

Viu o interino Alberto Valentim assumir a equipe em sete partidas e também estava presente na chegada –e saída– do técnico argentino Ricardo Gareca.

Há exatas duas semanas, Deola assistiu à contratação de Dorival Júnior, o treinador que hoje lhe dá uma oportunidade como titular após mais de dois anos sem jogar pelo Palmeiras.


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