Em nota oficial publicada em seu site na noite desta segunda-feira (1), a diretoria do Grêmio anunciou que suspendeu por tempo indeterminado a torcida organizada Geral do Grêmio após os cânticos de cunho racistas na vitória sobre o Bahia, no último domingo (31), pelo Campeonato Brasileiro.
Durante este jogo, o primeiro na Arena do Grêmio após o episódio de racismo contra o goleiro Aranha, do Santos, os torcedores desta uniformizada, que já estava punida pela Promotoria do Torcedor, cantaram canções que continham a palavra "macaco".
Segundo o comunicado, assinado pelo Conselho de Administração do Grêmio, os atos desta torcida organizada "tiveram claramente o objetivo de prejudicar o clube".
Além da suspensão "de qualquer atividade", a Geral do Grêmio foi proibida também de utilizar as marcas de propriedade intelectual do clube. O texto traz que a agremiação gremista tem trabalhado para identificar possíveis sócios envolvidos no episódio para "ultimar medidas administrativas visando seu desligamento da atividade associativa e da frequência ao estádio, se for o caso".
"O Clube, diante dos últimos fatos ocorridos em relação ao campo de jogo, estudará, em conjunto com a Arena, formas de evitar que novos incidentes acarretem em multas, perda de mandos de campo e prejuízos à imagem do clube e de sua ordeira torcida", diz um dos tópicos do aviso.
Nesta quarta (3), o Grêmio será julgado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por conta das ofensas racistas direcionadas ao goleiro Aranha de torcedores do time gaúcho em partida válida pela Copa do Brasil, na semana passada.
Dois torcedores suspeitos de fazer xingamentos racistas contra o camisa 1 santista deve depor nesta terça (2). Já torcedora Patrícia Moreira, flagrada pela televisão gritando "macaco" na mesma ocasião, foi intimada a depor também nesta semana.
| Pedro H. Tesch/Brazil Photo Press/Folhapress | ||
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| O goleiro Aranha, do Santos, reclama de insultos racistas por parte da torcida do Grêmio |
Com Lancepress