Folha de S. Paulo


Invictos, Brasil e Espanha opõem poder no garrafão

De um lado, Tiago Splitter, Varejão e Nenê. Do outro, Serge Ibaka, Pau e Marc Gasol. Brasil e Espanha não têm do que se queixar quando se trata de ter bons nomes no garrafão. Os seis pivôs, que atuam na NBA, estão entre as maiores estrelas do Mundial de basquete da Espanha.

A disputa debaixo da cesta será um duelo à parte a se verificar hoje, às 17h (de Brasília). O confronto entre as duas equipes, que ocorrerá em Granada, é o mais aguardado do Grupo A. As duas seleções são as únicas que ainda permanecem invictas na chave, com duas vitórias.

Neste domingo (31), ambas enfrentaram as equipes mais fracas do grupo e aproveitaram para fazer rotação entre os jogadores, evitando o desgaste para o jogo de hoje.

Apesar do susto no primeiro quarto, quando saiu perdendo por 18 a 11, o Brasil se recuperou e bateu o Irã com facilidade: fechou o jogo com larga vantagem (79 a 50).

Os espanhóis também não tiveram resistência por parte do Egito. Despacharam os norte-africanos por 91 a 54. Ibaka foi cestinha (18 pontos).

O desempenho dos pivôs das equipes em suas respectivas partidas tem sido distinto. Enquanto os anfitriões têm nos irmãos Gasol e em Ibaka a grande referência ofensiva, no Brasil a responsabilidade por fazer a cesta é mais diluída entre todos os jogadores da equipe.

Na estreia do Mundial, por exemplo, Marc e Pau anotaram 48 dos 90 pontos da Espanha contra o Irã. Ibaka foi poupado. Já entre os brasileiros, nas duas primeiras partidas, Varejão, Nenê e Splitter somaram 41 dos 144 pontos anotados até agora.

Sobre a importância dos pivôs para a seleção, Nenê desconversa. "Eu me preocupo mais com o grupo. A gente não joga para si próprio, mas para a seleção. É por isso que estamos conquistando essas vitórias", afirmou o jogador de 2,11 m, que na NBA atua pelo Washington Wizards.

Fato é que o trabalho dos pivôs brasileiros é reconhecido pelos rivais. "O Brasil é um dos times mais fortes do torneio, um dos que podem surpreender. Tem um grande jogo de garrafão, equilibrado", comentou o técnico espanhol, Juan Antonio Orenga.

"Será um dos rivais mais difíceis de vencer. Têm ambição de fazer algo grande neste Mundial pelo que vi das declarações. Estão conseguindo um jogo equilibrado."

O elogio ao jogo dos pivôs é recíproco por parte do Brasil. "Os irmãos Gasol são bons leitores de jogo. Taticamente se comportam de maneira excelente", apontou Rubén Magnano, técnico do Brasil.

NA TV
Brasil x Espanha

17h ESPN+ e SporTV

Jorge Guerrero/AFP
O pivô Anderson Varejão em partida contra o Irã pelo Mundial de basquete
O pivô Anderson Varejão em partida contra o Irã pelo Mundial de basquete

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