Após os jogadores do Fluminense desembarcarem sob protesto no aeroporto Santos Dumont, o atacante Fred usou uma rede social e chamou os torcedores de vagabundo e ameaçou reunir o elenco e não entrar em campo no domingo (24), contra o Sport, no Maracanã, pela 17ª rodada.
A delegação da equipe tricolor desembarcou nesta quinta-feira (21) no aeroporto Santos Dumont sob protesto após a derrota para a Chapecoense por 1 a 0, na quarta-feira (20). Foi o terceiro jogo sem vitória da equipe no Brasileiro –duas derrotas e um empate–, além da eliminação na Copa do Brasil para o América-RN no Maracanã.
No desembarque, cerca de 20 membros da torcida organizada Young Flu protestaram e também arremessaram moedas na equipe. Fred e Diego Cavallieri foram os mais criticados. Os atletas saíram escoltados pela segurança e foram praticamente escondidos para o ônibus do clube.
"Cerca de 20 marginais, desocupados, bandidos, vagabundos tentando agredir jogador e quebrando carro de profissionais que dão duro e suam a camisa para defender o time que eles dizem amar", escreveu o atacante no Facebook antes de deixar um recado.
"E já vou avisando: se nenhuma atitude for tomada imediatamente pelas autoridades aqui mesmo no aeroporto, a direção do clube também não tomar nenhuma providência, e esses covardes invadirem as Laranjeiras querendo agredir jogador, eu, como capitão do time, vou reunir o grupo, e o Fluminense não entrará em campo no próximo domingo para enfrentar o Sport. Eles usam as armas que têm, e nós usaremos as nossas", acrescentou.
Não é a primeira vez que Fred critica o comportamento da torcida do Fluminense. No início de abril, o atacante desabafou e criticou duramente a postura de torcidas organizadas do clube em protesto realizado nas Laranjeiras. Na ocasião, o carro do jogador foi cercado por torcedores insatisfeitos com seu desempenho em campo.
Na oportunidade, ele escreveu que "o futebol brasileiro está prestes a viver mais uma tragédia anunciada". O episódio aconteceu às vésperas do jogo contra o Horizonte, pela primeira fase da Copa do Brasil.
Em 2011, Fred foi perseguido pelas ruas da zona sul do Rio por estar bebendo na companhia do amigo e atacante Rafael Moura, atualmente no Inter-RS, no caso que ficou conhecido pelos 28 caipisaquês ingeridos pelo atacante e seus amigos.
Fred foi um dos jogadores mais criticados por seu desempenho na Copa do Mundo. Após ganhar quase duas semanas de folga, ele retornou aos treinos e ganhou afagos do clube. Ele teve o carinho dos torcedores desde a saída de sua casa até as Laranjeiras, em um projeto elaborado pela assessoria e pelo marketing do Fluminense.
| Nelson Perez-20.ago.2014/Divulgação/Fluminense FC | ||
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| Fred durante jogo do Fluminense contra a Chapecoense, pelo Brasileiro |
CONFIRA A NOTA PUBLICADA POR FRED NO FACEBOOK NESTA QUINTA-FEIRA
Quinta-feira, 4 horas da tarde. Hora de gente séria estar trabalhando. Desembarcando após nossa viagem a Chapecó, voltando do nosso trabalho, o que eu e meus companheiros de time encontramos aqui no Aeroporto Santos Dumont? Cerca de 20 marginais, desocupados, bandidos, vagabundos tentando agredir jogador e quebrando carro de profissionais que dão duro e suam a camisa para defender o time que eles dizem amar.
Isso pra mim é uma pouca vergonha! É inacreditável e profundamente lamentável que, em 2014, após sediar uma Copa do Mundo, o Brasil ainda conviva com essa barbárie. Será que precisaremos juntar nosso grupo de jogadores para sair no braço com esse bando de marginais que não tem nada a perder?
E já vou avisando: se nenhuma atitude for tomada imediatamente pelas autoridades aqui mesmo no aeroporto, a direção do clube também não tomar nenhuma providência, e esses covardes invadirem as Laranjeiras querendo agredir jogador, eu, como capitão do time, vou reunir o grupo, e o Fluminense não entrará em campo no próximo domingo para enfrentar o Sport. Eles usam as armas que têm, e nós usaremos as nossas. A diferença é que somos trabalhadores honestos, já eles são a escória da sociedade. Lugar de bandido é na cadeia!
Tem imprensa pra cobrir o vandalismo dos "torcedores", mas não tem polícia pra cobrir o cacete nesses marginais.