Folha de S. Paulo


Sem opção, Dunga planeja jogar sem centroavante no início de trabalho

Na primeira passagem de Dunga como treinador da seleção, entre 2006 e 2010, sempre foi usado um centroavante nos 60 jogos realizados. Isso pode mudar agora.

Na primeira lista divulgada pelo treinador, nesta terça-feira (19), somente há um jogador com característica de camisa 9, que joga mais fixo na área: o atleticano Diego Tardelli. No entanto, Tardelli não desempenha mais essa função no clube mineiro

Os demais, como Hulk, Neymar, Philippe Coutinho, Ricardo Goulart e Éverton Ribeiro, são atletas rápidos, que gostam de se movimentar, ou até de jogar mais recuado como meias que se transformam em atacantes, dependendo da circunstância. É o que Dunga quer.

"Hoje em dia temos que analisar que todo atacante chega na frente e pode fazer gol. Não importa se é o 9, o 7, o 5, não podemos ficar presos a números. Temos a possibilidade de jogar com um 9 fixo, mas podemos também jogar sem um atacante mais preso, mais abertos nas laterais", disse Dunga.

A Folha mostrou na segunda-feira (18) que o treinador testou 13 centroavantes em sua primeira passagem, e para a Copa escolheu Luiz Fabiano, hoje no São Paulo, e Grafite, no futebol árabe.

Faltam opções de qualidade para a posição, e, apurou a Folha, por isso o treinador pensa em atuar sem um atacante fixo neste início de trabalho. Mas não será Neymar o sacrificado de jogar mais adiantado. O camisa 10 terá liberdade para jogar aberto, como gosta.

O Brasil faz os dois primeiros amistosos da nova era Dunga como treinador contra a Colômbia, dia 5 de setembro, em Miami (EUA), e Equador, e Nova Jersey (EUA), dia 9 de setembro, e Hulk e Ricardo Goulart, chegando mais à frente, podem ser as opções ofensivas sem centroavante.


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