Folha de S. Paulo


Taxa da PM criticada por clubes de SP não é paga em outros Estados

A taxa por serviço de policiamento em estádios, cujo aumento vem comprometendo as arrecadações dos clubes paulistas, não existe em alguns Estados do país.

Em Pernambuco, por exemplo, os times não pagam pelo trabalho da PM (Polícia Militar) nos jogos. No Rio Grande do Norte, também não, mas são contratados seguranças particulares como reforço.

Em Mato Grosso, as equipes da casa custeiam o policiamento, mas podem ficar isentas, a depender da cidade.

Apenas água e lanche dos PMs são custeados pelos clubes de Goiás. Na Bahia, o time mandante, além da alimentação, desembolsa um valor variável de imposto.

Fabio Braga - 28.mar.2012/Folhapress
Policiais realizam segurança em torno do estádio do Pacaembu, na capital paulista
Policiais realizam segurança em torno do estádio do Pacaembu, na capital paulista

Após a Copa do Mundo, a PM de Minas Gerais avisou que não faria mais policiamento nas partidas, pois se trata de eventos privados. Os clubes, que não arcavam com as despesas deste serviço, recorrem então somente a seguranças particulares. Mas não pagam pelos policiais que trabalham fora dos estádios.

Em Santa Catarina, cabem a cada equipe os gastos com policiamento.

RIO GRANDE DO SUL

O governo do Rio Grande do Sul prepara um projeto de lei, ainda sem previsão de ser encaminhado à Assembleia, que obrigaria os clubes a ressarcir o Estado pelos gastos com o policiamento ou a contratar segurança privada nos estádios.

A intenção da Brigada Militar (a PM gaúcha) é reduzir de 300 para 50 o número de PMs a cada partida. Os policiais ficariam a postos para atuar em situações de gravidade.

"A Copa do Mundo mostrou que é possível ter um grande evento sem a participação da polícia", diz o comandante-geral da Brigada, Fábio Duarte Fernandes.

Confira quem paga pela segurança em outros países:

Argentina: Os clubes, que custeiam o policiamento nas partidas, e o Estado vivem uma disputa por esse ônus, aumentado por problemas frequentes com torcedores violentos.

Alemanha: A polícia realiza a segurança em jogos de futebol, mas sindicatos de policiais e autoridades pressionam por redução do efetivo e pagamento pelas horas trabalhadas.

França: Os clubes bancam parte dos gastos da polícia no dia da partida.

Inglaterra: O Estado financia policiamento fora dos estádios, e os clubes se responsabilizam pela segurança dentro das instalações.

Espanha: O poder público cobre despesas da polícia fora das arenas, e os times contratam seguranças particulares.

Fonte: Deutsche Welle


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