Se para boa parte dos pilotos do grid as férias da F-1, que vão até o fim de agosto, são sinônimo de descanso, para Lewis Hamilton são a oportunidade de se preparar para a parte decisiva do Mundial.
Vice-líder do campeonato deste ano, com 11 pontos a menos que seu companheiro de Mercedes, Nico Rosberg, Hamilton teve problemas em seu carro nos dois últimos treinos de classificação, o que significou que teve que trabalhar bastante para conseguir bons resultados nos dois últimos domingos de F-1.
Em Hockenheim, uma falha no disco de freio de seu Mercedes fez com que ele começasse a prova em 20º lugar. Já na Hungria, última etapa do campeonato, há uma semana, um vazamento de óleo fez o motor de seu W05 pegar fogo e ele teve de largar dos boxes, na última posição.
Ainda assim, nas duas corridas, Hamilton chegou no terceiro posto e não deixou com que Rosberg disparasse na liderança do campeonato.
Justamente por isso sabe que é vital estar 100% quando a F-1 der início à maratona de oito corridas em 14 finais de semana, que começa com o GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps.
"Ainda estou na briga e estou ansioso por esta disputa [com o companheiro de time]. Esta pausa vai ser boa para eu me reenergizar e entrar em forma", disse o piloto inglês, vencedor de cinco das 11 etapas já disputadas neste ano.
"Sou bastante leve, mas os carros deste ano são mais leves também, então posso ganhar um pouco de peso nesta pausa. Mas vou ganhar músculo e não gordura e espero voltar mais forte, não apenas física mas mentalmente", completou Hamilton.
Segundo o piloto da Mercedes, as duas últimas corridas foram desafios bastante duros para ele, mas que só o fizeram mais forte para a segunda metade do campeonato.
"Consegui me manter firme apesar de tudo o que aconteceu. Li algumas coisas que foram escritas sobre mim, que diziam que eu iria sucumbir à pressão e isso não aconteceu. Espero que estas últimas semanas provem que isso não vai ocorrer", completou Hamilton.