Folha de S. Paulo


Felipão assume Grêmio para tentar brecar declínio da carreira

Três semanas depois de ter comandado a seleção brasileira na maior humilhação de sua história em Copas –a derrota por 7 a 1 para a Alemanha e vivendo a grande crise técnica de sua carreira, Felipão, 65, chegará ao Grêmio com a necessidade de provar que não foi ultrapassado pelas renovações contínuas do futebol moderno.

Ele foi anunciado terça (29) como o novo treinador do Grêmio e assume o posto que era de Enderson Moreira, demitido no último domingo. Esta será a terceira passagem do treinador pelo Grêmio.

A primeira foi em 1987, quando conquistou o Campeonato Gaúcho. Ele voltou em 1993 para alcançar a condição de ídolo.

Os títulos ajudam a entender a veneração: uma Copa do Brasil (1994), dois Estaduais (1995 e 1996), uma Libertadores (1995) e uma Recopa (1996).

Mas mais do que isso, ele mostrou ao mundo um estilo gaúcho de se jogar futebol. Em seu esquema, Dinho, volante marcador, virou referência ao lado de jogadores mais técnicos como o lateral Arce.

Mas, desde experiência frustrada no Chelsea em 2008, ele vive declínio evidente. Em 2012, após o título da Copa do Brasil, deixou o Palmeiras às portas do rebaixamento, que posteriormente veio a se confirmar.

No último dia 14 de julho, foi desligado da seleção após derrotas humilhantes para Alemanha, 7 a 1, e Holanda, 3 a 0, na Copa do Mundo.

Sua apresentação está marcada para esta quarta (30), às 11h, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre.

Via assessoria, ele revelou que estará acompanhado de Flávio Murtosa e de Ivo Wortmann, ambos encarregados de trabalho de integração com as categorias de base.


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