Folha de S. Paulo


Técnico da seleção brasileira rechaça autuação e diz não ser devedor

Dunga, técnico da seleção brasileira, rechaçou a autuação da Receita, disse que não deve imposto e afirmou que processará a Folha por quebra de sigilo bancário e fiscal.

"Se o senhor veicular o que afirma que fará, é ótimo, pois, assim, poderei ingressar em juízo pelo dano moral e patrimonial", escreveu Dunga.

As informações obtidas pela Folha constam de decisão pública do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais do Ministério da Fazenda.

"Fossem [meus] argumentos ou provas irreais e/ou ilícitas, à época, teria sido instalado pelo Ministério Público procedimento penal para punir-me", disse Dunga.

Editoria de arte/Folhapress

Em nota de 32 páginas enviada à reportagem, o treinador fala em "abuso de autoridade" da Receita e "ânsia de punir". Também afirma que "não há nenhuma simulação para sonegar rendimentos".

No recurso levado ao Carf, a defesa de Dunga afirma que valores foram movimentados pela pessoa jurídica do atleta e, por isso, não deveriam entrar no imposto de renda da pessoa física. Esse foi o caso do dinheiro movimentado na offshore uruguaia Lespan.

Sobre o empréstimo, Dunga afirmou que não deveria contar para o cálculo do imposto porque não gerou acréscimo patrimonial. Ele diz ainda que os recibos em português eram uma tradução e que foi obrigado pelo clube japonês a emprestar o dinheiro sem juros.

O Júbilo Iwata e a Image Promotion Company não responderam. A Receita não comenta casos de contribuintes.


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