Folha de S. Paulo


Torcida do Corinthians enfrenta horário de pico e aprova transporte

Aos gritos de "Timão ê ô" e "Vai Corinthians" o sistema de metrô e trens de São Paulo definitivamente deixou a Copa do Mundo no passado para voltar à disputa do Campeonato Brasileiro. Assim, ao menos, os torcedores do Corinthians se dirigiram ao Itaquerão, na noite desta quinta-feira (17), na reestreia do time no torneio nacional.

Foi a primeira vez que o time alvinegro jogou na sua própria casa em um dia útil e em pleno horário de pico na capital paulista (19h30). As duas vezes anteriores foram de domingo, às 16h, contra Figueirense e Botafogo, respectivamente.

Como na Copa do Mundo, o trajeto Luz à Itaquera de trem e Palmeiras-Barra Funda à Corinthians-Itaquera de metrô foram o principal meio de transporte para chegar ao estádio.

Quem optou pelo metrô demorou cerca de 40 minutos da estação Palmeiras-Barra Funda até Corinthians-Itaquera. E teve de enfrentar os vagões lotados por causa do horário. Na Copa, a distância chegou a demorar em média 35 minutos e não foi feita nenhuma vez com lotação máxima nos vagões.

"Hoje, foi infernal", disse, aos risos, Juliana Lupoli, 22, estudante de direito à Folha. "Mas é a melhor forma de chegar ao estádio principalmente para quem vem do centro. E está lotado por culpa do horário, não por causa do jogo do Corinthians", completou.

"Acho que é uma forma até de mostrar que o transporte público precisa melhorar. O horário do jogo (19h30) é bom, o problema é a falta de infraestrutura na cidade", disse o advogado Henrique Cleto, 24, que estava com o irmão, Diogo, acompanhando Juliana.

Já quem optou pelo trem demorou cerca de 25 minutos e não teve de encarar os vagões tão cheios. No Mundial, quando entrou em operação o Expresso da Copa, o trajeto demorava em média 19 minutos –a diferença é que não parava nas estações do Brás e do Tatuapé como ocorreu hoje.

"Nada a reclamar. Vim até esperando o pior, mas foi bem suave. Estava cheio, mas até menos do que eu previa. E foi bem rápido a viagem. Acho que no meu caso será o melhor jeito de chegar ao estádio saindo de Pirituba", disse o corintiano Sérgio Vasconcelos, 46, acompanhado do filho.

"Eu fiz o caminho oposto. Sai de Guaianazes e desci em Itaquerão. Não gastei dez minutos e ainda vim sentado", disse Adriano Carlos da Silva, 37.

Segundo a Folha apurou, o deslocamento de torcedores começou por volta das 17h justamente para evitar o horário de pico. Às 17h30, o entorno do Itaquerão já contava com um público bastante extenso, aguardando a abertura dos portões.

O entorno do estádio também perdeu o "padrão Fifa". Além de ser permitido a circulação de pessoas sem ingresso (algo que a Fifa impedia), foi comum ver ambulantes e pessoas curiosas com o novo estádio corintiano registrando fotos. Uma latinha de cerveja era comercializa a R$ 4, mas podia se comprar três por R$ 10.

Bandeiras eram vendidas por até R$ 50. Já as camisas do clube, algumas com o símbolo do estádio, variavam de R$ 25 a R$ 35.

Durante a Copa, o Itaquerão recebeu seis partidas –uma delas a abertura. A Fifa e COL (Comitê Organizador Local) aprovaram a organização do estádio.


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