Folha de S. Paulo


'Até Neymar e Messi ficam no banco', diz Muricy ao falar sobre Pato

A opção do técnico Muricy Ramalho de mandar a campo o garoto Ademílson, de 20 anos, e deixar Alexandre Pato no banco, como aconteceu na partida contra o Bahia, na quarta-feira (16), surpreende alguns torcedores do São Paulo, mas não abala as convicções do treinador.

Após a vitória na Arena Fonte Nova, Muricy explicou os motivos da escolha e deixou claro que, no estilo adotado pelo time, Pato não terá vida fácil.

"Como jogamos com dois atacantes abertos, deixo o Pato com dificuldades. Ele não vai se sentir bem ali e sabe disso. Tem que saber fazer o corredor, tem que ter gás e entendimento. Osvaldo e Ademílson fizeram isso muito bem, com pressão no lateral e marcação", afirmou Muricy.

Sobre o peso de tirar um jogador de nome, Muricy disse que o futebol brasileiro precisa parar de achar que o banco é demérito para o atleta. Ele citou até Messi e Neymar, ambos do Barcelona.

"Os jogadores sabem que não existe esse negócio. Não sou dono da verdade nem de nada, mas escalo o que é bom para o time. Todos sabem que o campeonato é longo, tem Copa do Brasil, e precisamos de um plantel. Na Europa até Neymar e Messi ficam no banco, mas aqui a cultura não é assim", disse, deixando claro depois que neste momento Ademílson está à frente de Pato.

"Não sou autoritário, mas eu que mexo. E se eu não der chance para quem está merecendo, não consigo ter um time. Todos sabem que daqui a pouco terão chance. O Ademílson mereceu e foi bem", afirmou.

As opções do treinador ainda vão aumentar nos próximos dias. Para sábado (19), contra a Chapecoense, Luis Fabiano deve estar de volta. Já a partir de agosto, Kaká terá condições de estrear.


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